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Inflação de setembro sobe 0,44%, puxada por energia e alimentos

No ano, a inflação acumulada é de 3,31% e, nos últimos 12 meses, de 4,42%.

supermercado (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)

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Roberto de Lira, Infomoney - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o indicador de inflação oficial do País, mostrou alta de 0,44% em setembro, após a deflação de -0,02% em agosto, informou nesta quarta-feira (9) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No ano, a inflação acumulada é de 3,31% e, nos últimos 12 meses, de 4,42%.

O dado mensal veio um pouco mais baixo que o esperado pelos analistas, que estimavam um IPCA de 0,46% no mês. Na comparação anual, projetava-se uma inflação de 4,43%.

O resultado do mês foi influenciado pelas altas no grupo Habitação (1,80%), após aumento nos preços da energia elétrica residencial, que passou de -2,77% em agosto para +5,36% em setembro, e no grupo Alimentação e bebidas (0,50%), que subiu após dois meses consecutivos de quedas.

Energia - Segundo André Almeida, gerente da pesquisa, o IPCA sofreu forte influência da bandeira tarifária da energia elétrica residencial. “A mudança de bandeira tarifária de verde em agosto, onde não havia cobrança adicional nas contas de luz, para vermelha patamar um, por causa do nível dos reservatórios, foi o principal motivo para essa alta”, explicou.

Ele disse que a bandeira vermelha no patamar um acrescenta R$ 4,46 aproximadamente a cada 100 kwh consumidos. O item exerceu impacto de 0,21 ponto percentual no índice geral de setembro.

Alimentação e bebidas - Já o grupo de Alimentação e bebidas teve alta de 0,50%, com aumento de preços na alimentação no domicílio (0,56%), após dois meses seguidos de recuos. Almeida destacou que esse resultado foi influenciado, em grande parte, pelo aumento nos preços da carne bovina e de algumas frutas, como laranja, limão e mamão.

“Falando especificamente das carnes, a forte estiagem e o clima seco foram fatores que contribuíram para a diminuição da oferta. É importante lembrar que tivemos quedas observadas ao longo de quase todo o primeiro semestre de 2024, com alto número de abates. Agora, o período de entressafras está sendo intensificado pela questão climática”, analisou o gerente da pesquisa.

A alimentação fora do domicílio, com alta de 0,34%, registrou variação próxima à de agosto (0,33%). O subitem refeição desacelerou de 0,44% para 0,18%, enquanto o lanche acelerou de 0,11% para 0,67%.

Despesas pessoais - A queda mais intensa dentro do IPCA, de 0,31%, e com maior impacto (-0,03 p.p.) em setembro veio de Despesas pessoais. O subitem cinema, teatro e concertos registrou queda de 8,75% e impacto de -0,04 p.p. no índice geral.

“Em setembro, ocorreu a semana do cinema, uma campanha nacional em que diversas redes ao redor do país praticaram preços promocionais ao longo de uma semana. Essas promoções contribuíram para a queda de mais de 8% neste subitem”, explicou.

Regionalmente, todas as localidades pesquisadas apresentaram resultados positivos em setembro. A maior variação ocorreu em Goiânia (1,08%), influenciada pela alta da gasolina (6,24%) e da energia elétrica residencial (4,68%).

Já a menor variação ocorreu em Aracaju (0,07%), por conta dos recuos da cebola (-25,07%), do tomate (-18,62%) e da gasolina (-1,68%).

INPC - O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,48% em setembro, 0,62 p.p. acima do resultado observado em agosto (-0,14%). No ano, o INPC acumula alta de 3,29% e, nos últimos 12 meses, de 4,09%, acima dos 3,71% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2023, a taxa foi de 0,11%.

Os produtos alimentícios foram destaque, subindo 0,49% em setembro, após dois recuos consecutivos. Por sua vez, a variação dos não alimentícios acelerou de 0,02% em agosto para 0,48% em setembro.

Quanto aos índices regionais, Goiânia registrou a maior alta (1,05%), por conta da gasolina (6,24%) e da energia elétrica residencial (4,73%).

Já a menor variação foi observada em Aracaju (0,08%), por conta dos recuos dos preços da cebola (-25,07%), do tomate (-18,62%) e da gasolina (-1,68%).

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