José Paulo Kupfer: Lula prestigiou Haddad e mercado 'fez muito barulho por nada'
Jornalista aponta que analistas do mercado financeiro se apoiaram em um "falso dilema" e insistiram na tecla de que o presidente Lula estaria fritando o seu ministro da Fazenda
247 - O jornalista econômico José Paulo Kupfer avaliou nesta segunda-feira (27) que o episódio da volta da tributação dos combustíveis mostrou que se criou "muito barulho por (quase) nada"."Da fritura do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e de sinais de falta de responsabilidade fiscal, aos temores de que a retomada dos impostos traria uma onda de inflação, com prejuízos políticos para o governo, a saída encontrada mostra que não havia base para os exageros disparados com insistência", afirmou Kupfer, em sua coluna no UOL.
O colunista aponta que analistas do mercado financeiro se apoiaram em um "falso dilema" e insistiram na tecla de que o presidente Lula estaria fritando o seu ministro da Fazenda, a menos de 60 dias de governo. "Até mesmo do ponto de vista lógico, não haveria sentido em desprestigiar o ministro, justamente quando Haddad se lança nas complicadas discussões da nova âncora fiscal, em substituição ao teto de gastos. E, mais ainda, no debate da reforma tributária", afirmou.
Sobre o possível impacto da reoneração na inflação, José Paulo Kupfer avaliou que já era evidente que a reoneração, total ou parcial, dos combustíveis teria influência limitada sobre a marcha da inflação. "A economia está rateando e a inflação, segundo projeções confiáveis deve recuar no primeiro semestre, talvez até perto do centro da meta de inflação do ano, de 3,25%, no acumulado em 12 meses", afirmou.
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