Levy teme que incerteza paralise empresas e prejudique ajuste
Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirma que "os problemas do ano passado, agravados pelo receio da falta de energia e a necessidade da Petrobras reagir a novas condições de mercado, tiveram um efeito na atividade econômica, que persiste"; ele recomenda paciência: "A situação fiscal continua a preocupar e estamos no meio de uma travessia em relação à economia, com impacto na vida de todos"
247 - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, pede "paciência e persistência" para o país superar o atual cenário de crise. "A situação fiscal continua a preocupar e estamos no meio de uma travessia em relação à economia, com impacto na vida de todos", disse.
Em entrevista ao Valor, ele afirma que "os problemas do ano passado, agravados pelo receio da falta de energia e a necessidade da Petrobras reagir a novas condições de mercado, tiveram um efeito na atividade econômica, que persiste".
Ele teme que incertezas paralisem empresas e eleve o custo do ajuste: "Agora o caminho não é estimular a demanda, mas facilitar a ampliação da oferta. Eficiência, baixar custos e buscar maior produtividade são a chave para um crescimento sustentável, onde os salários sobem e o emprego aumenta."
O ministro cita ainda outras reformas, como a do PIS/Cofins, além dos financiamentos imobiliário e agrícola. "Nosso sistema de crédito imobiliário ainda funciona como foi desenhado na época do Dr. Bulhões, há 50 anos. Para a agricultura, insistimos nos depósitos compulsórios, algo que sumiu há 30 anos na Europa. E, como as despesas do FAT cresceram, o BNDES pode ter que reembolsar recursos captados deste fundo. Fica evidente que a dualidade no mercado de crédito, todos esses escaninhos do passado, vão amarrar o crescimento econômico" (leia mais).
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: