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Mercadante volta a defender queda dos juros e é aplaudido por empresários na Fiesp

Presidente do BNDES recebeu apoio ao defender a redução da taxa básica de juros, a Selic, por parte do Banco Central

Novo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante 01/12/2022 (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

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247 - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, foi aplaudido por representantes do setor industrial ao defender a redução da taxa básica de juros (Selic) por parte do Banco Central (BC) durante um evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na segunda-feira (12). 

“Não vou criticar o presidente do Banco Central [Roberto Campos Neto], mas peço uma salva de palmas pela decisão que ele certamente tomará, favorável à economia brasileira", disse em tom irônico Mercadante, de acordo com a coluna Maquiavel, da revista Veja, em meio aos aplausos da plateia. 

Também na segunda-feira, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, voltou a cobrar a redução dos juros no Brasil ao afirmar que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) forneceu “todos os elementos e condições para que o BC e o Copom possam começar a olhar com carinho... mostrar uma tendência de queda dos juros já a partir de agora, prevendo uma queda de juros em agosto". 

Apesar da pressão, o presidente do BC alega que a manutenção da taxa Selic em 13,75% - maior patamar mundial de juros reais - é necessária para conter a inflação no Brasil. O IPCA, índice que mede a inflação oficial, contudo, registrou sua 12ª queda consecutiva em junho, acumulando alta de 3,94% nos últimos 12 meses. Os juros elevados encarecem o crédito, dificultando investimentos e o acesso ao consumo. 

Na segunda-feira (12), o mercado financeiro manteve a projeção da taxa Selic em 12,5% para o final de 2023, mas reduziu a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 5,42% até o final do ano, de acordo com o Boletim Focus publicado pelo Banco Central.

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), órgão ligado ao BC e responsável por definir o patamar da taxa de juros, está marcada para os dias 20 e 21 de junho. 

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