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MPF investigará possível crime de ‘insider trading’ na venda de ações da Americanas

O MPF quer apurar se sócios majoritários da Americanas tinham algum conhecimento sobre a situação financeira da empresa no momento da venda das ações

(Foto: Divulgação/Americanas)

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247 — O Ministério Público Federal em São Paulo instaurou, nesta sexta-feira, 13, um procedimento preliminar para apurar possível prática de insider trading na venda de ações da Americanas. Isto é, se a empresa cometeu crime pelo uso de informações privilegiadas para obtenção de lucros ou vantagens no mercado de ações.

Segundo Valor, diretores da empresa teriam vendido mais de R$ 210 milhões em ações da empresa no segundo semestre de 2022. A movimentação aconteceu pouco depois do anúncio de que a companhia teria Sergio Rial como novo presidente a partir de janeiro de 2023.

Rial renunciou ao cargo, nove dias após assumir. Ele apontou “inconsistências contábeis” de aproximadamente 20 bilhões de reais na varejista. Além dele, o diretor financeiro da empresa, André Covre, também renunciou.

O MPF quer apurar se sócios majoritários da Americanas tinham algum conhecimento sobre a situação financeira da empresa no momento da venda das ações.

A Americanas entrou na Justiça com um pedido de tutela de urgência cautelar, após concluir que o rombo contábil de 20 bilhões poderia acarretar “no vencimento antecipado e imediato de dívidas em montante aproximado de 40 bilhões de reais”. 

A 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, pelo juiz Paulo Assed, concedeu a tutela nesta sexta. Assim, ficam suspensas as possibilidades de bloqueio, sequestro ou penhora de bens da empresa. Há também o adiamento da obrigação da Americanas de pagar suas dívidas até que um provável pedido de recuperação judicial seja feito à Justiça. O juiz deu 30 dias à companhia para avaliar se é o caso de recuperação judicial.

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