Nelson Barbosa: revisão de isenções tributárias vai ser retomada, mas sem 'canetada'
Segundo o integrante da equipe de transição de governo, o mandato de Lula não terá "medidas radicais que as pessoas vão ficar sabendo pelos jornais"
247 - Ex-ministro da Fazenda e do Planejamento, Nelson Barbosa defendeu nessa sexta-feira (18) a revisão de benefícios fiscais, mas, de acordo com ele, "não vai ter 'canetada', surpresa" ou "medidas radicais que as pessoas vão ficar sabendo pelos jornais". Ele é membro da equipe de transição de governo.
"O Congresso aprovou uma PEC [Proposta de Emenda à Constituição] que diz que tem de rever isenções. Isso vai ser retomado, é suprapartidário", disse Barbosa a jornalistas. "A tradição de Lula é conversar com todo mundo", acrescentou.
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Nessa quinta, o presidente eleito afirmou em Portugal que o seu futuro governo terá responsabilidade fiscal, mas não será vítima de especulações do mercado.
A equipe de Lula entregou nessa quarta-feira (16) ao Congresso Nacional uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que retira quase R$ 200 bilhões do teto de gastos para que membros da futura gestão deixem o Bolsa Família no valor de R$ 600 e façam investimentos públicos.
Grandes empresários ficaram preocupados com as contas públicas, o que gerou reação de membros do PT. Presidente nacional da sigla, a deputada federal reeleita Gleisi Hoffmann (PR) disse nessa quinta que "ninguém está passando fome no mercado".
Também nessa quinta, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou que a PEC "não é um cheque em branco". No mesmo dia, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) afirmou que o novo governo vai trabalhar para a diminuição de gastos e fará superávit primário para a redução do endividamento público.
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"Haverá superávit primário, haverá redução da dívida, mas isso não se faz em 24 horas", disse Alckmin a jornalistas no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). "Quando o presidente Lula assumiu, em 2003, vinha de um governo com superávit todo ano. Agora, vem de déficit. Você não faz mágica".
O senador eleito Wellington Dias (PT-PI) disse na última quarta-feira (16) que o novo governo terá um plano de corte de despesas e controle de gastos com pessoal e custeio. O parlamentar representa a equipe de transição e está trabalhando nas negociações do Orçamento de 2023.
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