HOME > Economia

Observatório Social do Petróleo: governo Bolsonaro vendeu 54 ativos da Petrobrás, mais de 62% do total negociado em oito anos

O montante foi 40% maior do que a soma dos ativos negociados no governo Michel Temer, que deu um golpe em Dilma. Veja mais estatísticas

(Foto: Fernando Frazão/Ag.Brasil)

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - A venda do patrimônio da Petrobrás alcançou a marca de R$ 281 bilhões nos últimos oito anos, com a negociação de 70 ativos. Desse número, 54 ativos foram vendidos nos quatro anos de governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, somando R$ 175 bilhões, o equivalente a 62,28% do valor total. O montante chega a ser 40% maior do que a soma dos ativos negociados durante o mandato de quase dois anos e meio de Michel Temer (R$ 77 bilhões) e de pouco mais de um ano e meio de Dilma Rousseff (28,7 bilhões). Os números são do Privatômetro, do Observatório Social do Petróleo (OSP), referente ao período de janeiro de 2015, quando foi implementado o plano de desinvestimento da estatal, até 31 de dezembro de 2022, último ano do governo Bolsonaro. 

De acordo com a pesquisa, o primeiro ano do governo Bolsonaro, em 2019, registrou a maior soma obtida com a venda de ativos da Petrobrás no período. Foram R$ 70 bilhões, que representaram 25% do acumulado nos últimos oito anos. O ativo mais caro foi a Transportadora Associada de Gás (TAG), vendida por R$ 42 bilhões naquele ano. É uma rede de gasodutos do Norte e Nordeste, subsidiária da Petrobrás.

O segundo ativo mais valioso, a Nova Transportadora do Sudeste (NTS) é subsidiária responsável por gasodutos e interliga toda a região Sudeste. Foi vendida em 2017, por mais de R$ 23 bilhões. A BR, terceiro ativo mais caro e a maior distribuidora de combustíveis do Brasil, acabou sendo privatizada integralmente em 2021, por R$ 12 bilhões. 

Segundo Tiago Silveira, economista do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), "a reavaliação da Política Energética Nacional em curso no governo atual deve, corretamente, rever a política de desinvestimento e toda sanha privatizadora dos últimos governos".

Preços de combustíveis têm sido um dos assuntos da área econômica do governo federal. Nessa quinta-feira (2), o presidente Petrobrás, Jean Paul Prates, disse que o Preço de Paridade de Importação (PPI) não será a única referência para a definição dos valores de produtos vendidos no mercado nacional. 

A gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a volta de impostos federais e, para evitar um reajuste muito alto, a petrolífera disse a redução de 3,92% no preço da gasolina. A administração de Lula anunciou na terça-feira (28) que vai criar um imposto temporário sobre a exportação de petróleo cru para que a taxação sobre o combustível não seja completamente repassada ao consumidor.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: