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Petrobrás é criticada por repasses bilionários a acionistas em detrimento de investimentos na própria companhia

Distribuição de dividendos exorbitantes a acionistas expressa falta de projeto da empresa

Sede da Petrobras no Rio (Foto: Sergio Moraes - Reuters)

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247 - A Petrobrás vem sendo muito criticada por obter lucros extraordinários às custas dos povo brasileiro e por repassar grande parte destes valores a seus acionistas, em detrimento dos investimentos que poderiam ser feitos na própria companhia.

"Em teleconferência para detalhar o lucro de R$ 54,3 bilhões no segundo semestre de 2022, a direção da empresa defendeu que a distribuição de R$ 87,8 bilhões em dividendos não prejudica a saúde financeira da companhia. E adiantou que novos valores devem ser pagos este ano. Com os dividendos do segundo trimestre, a Petrobras terá distribuído R$ 136,3 bilhões pelo desempenho no primeiro semestre de 2022", informa a Folha de S. Paulo.

Para o analista do BB Investimentos Daniel Cobucci, a prioridade da Petrobrás de remunerar seus acionistas pode gerar "implicações para o crescimento e atuação estratégica para o longo prazo". Segundo Cobucci, a remuneração dos acionistas acontece junto de um processo de venda de ativos e redução do endividamento, "elementos que permitiriam, em nossa opinião, um posicionamento da companhia em investimentos focados na diversificação das receitas em mercados promissores e voltados para a transição energética". A mesma visão é compartilhada pelo Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), ligado à FUP (Federação Única dos Petroleiros).

Para o advogado Francisco Petros, membro independente do conselho da Petrobrás, a atual estratégia da empresa expressa a falta de uma visão integrada. "Consideradas as variáveis estratégicas, o pagamento de dividendos no nível atual caracteriza a empresa 'sem projeto'. Afora os excessos do controlador contra a governança da Petrobrás, mesmo diante de um histórico já conhecido e penoso, agora temos a utilização dos dividendos como um meio de ajuste fiscal".

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