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‘Precisamos derrotar a exploração no trabalho, a opressão de gênero e raça e a espoliação da natureza’, diz Thiago Ávila

“O ecossocialismo busca apontar um caminho de uma sociedade diferente dessa. É um socialismo que coloca a garantia de que a gente nunca mais vai colocar o sistema econômico acima do ecossistema”, explicou à TV 247 o ativista ecossocialista. Assista

Socioambientalista Thiago Ávila (Foto: Apcef/RS)

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247 - O militante e ativista ecossocialista Thiago Ávila, preso arbitrariamente no final de março enquanto denunciava uma ação ilegal de despejo de famílias no Distrito Federal, explicou à TV 247 o que é o ecossocialismo e o que pretende oferecer e combater.

“Quando a gente fala de ecossocialismo, nós estamos falando de uma formulação que vem da história das revoluções, se nutre das histórias das revoluções, se nutre da teoria marxista. A gente acredita que precisamos construir uma sociedade que derrote principalmente esses três grandes males que estão colocados para nós hoje: a exploração a partir do trabalho, que o sistema capitalista faz com tamanha crueldade, tamanha desigualdade e concentração de renda. Além disso, vivemos em uma sociedade que também reproduz uma sequência de opressões, de gênero, de raça, de sexualidade, de nacionalidade e até de regionalidade. E a gente vive em uma sociedade que, além de explorar e oprimir, também destrói a natureza de forma sistêmica. Em momentos de crise, aumenta a exploração do povo trabalhador, intensificam as opressões  e aumenta a espoliação da natureza como forma de manter as taxas de lucro desse sistema”, esclareceu.

O ponto central do ecossocialismo, segundo o ativista, é lutar para que o sistema econômico e financeiro nunca esteja acima da dignidade e dos interesses dos povos e da natureza. “O ecossocialismo busca apontar um caminho de uma sociedade diferente dessa. É socialismo, mas é um socialismo que aprende com a história das revoluções e coloca a garantia de que a gente nunca mais vai colocar o sistema econômico acima do ecossistema”.

Questionado sobre o papel de Jair Bolsonaro no processo de destruição da natureza, Thiago Ávila afirmou que o chefe do Executivo é genocida e ecocida, na medida em que promove o genocídio dos povos indígenas, que causa enorme prejuízo ao ecossistema, e fecha os olhos para a destruição da natureza, o que dificulta a perpetuação dos indígenas. “Genocida e ecocida; ambos ao mesmo tempo e um processo intensifica o outro. Quando a gente fala do genocídio, a gente precisa falar também do efeito que isso tem também sobre os próprios povos e a natrueza. Quando ele está tocando uma política de genocídio dos povos indígenas, ele está tocando um extermínio contra os povos que são justamente os que mais defendem os nossos biomas”.

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