Preço da carne cai 2,7% no primeiro trimestre e pode chegar a 5% até o fim do ano

247 - O preço da carne bovina acumula uma queda de 2,7% nos três primeiros meses deste ano, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação brasileira. Os analistas preveem que essa queda pode chegar a 5% até o final do ano, mas ainda não retornará ao patamar pré-pandemia, informa o UOL.

Uma das principais razões para a maior oferta de carnes é o custo de produção, que teve uma redução significativa. Os preços dos grãos como soja e milho, que são usados como alimento para os animais, caíram, fazendo com que o custo da nutrição animal diminuísse. De acordo com Fernando Iglesias, analista sênior da consultoria Safras & Mercado, o custo da nutrição animal está menor agora em 2023.

Com a oferta maior de carne, é natural que os preços caiam. Alexandre Maluf, da XP Investimentos, prevê uma queda de até 5% para as carnes bovinas neste ano. Iglesias, da Safras, também afirma que a redução no preço da carne de boi ficará por volta de 5% em 2023.

Nos últimos quatro anos, o preço da carne bovina subiu quase 70%, o que torna improvável o retorno aos preços praticados antes da pandemia. Até março de 2023, o preço médio acumulado dos cortes bovinos ainda tem alta de 67,6%.

As carnes de porco e frango também devem ficar mais baratas, em torno de 10%. Os motivos para essa redução são os mesmos que para a carne bovina: o custo menor de produção dos animais.

No geral, os consumidores devem esperar uma queda no preço das carnes, o que pode beneficiar o mercado interno. No entanto, é importante lembrar que os preços ainda estão muito acima do que era antes da pandemia, e uma queda acentuada não é esperada. Ainda assim, a perspectiva é positiva para os próximos meses.