HOME > Economia

Renan Filho defende retomada dos investimentos públicos e destaca: 'é fundamental a aprovação do novo arcabouço fiscal'

O ministro informou que, no início do ano, havia no País cerca de 1 mil contratos paralisados ou andando com recursos aquém da necessidade do cronograma físico-financeiro

Renan Filho, obra de estrutura e Fernando Haddad (Foto: ABR)

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247, com Agência Brasil - O ministro dos Transportes, Renan Filho, destacou a importância do investimento público para a retomada do crescimento econômico. De acordo com o titular da pasta, a apresentação de novas regras fiscais anunciadas no mês passado pelo ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad, são um indicativo de que as obras de infraestrutura vão ser retomadas e contribuir para a geração de empregos. “Ressalto que, para termos essa capacidade de investimento, é fundamental a aprovação do novo arcabouço fiscal, apresentado recentemente pelo Ministério da Fazenda ao Congresso Nacional", disse ele em audiência na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados.

Renan Filho informou que, no início do atual governo, havia, no país, cerca de 1 mil contratos paralisados ou andando com recursos aquém da necessidade do cronograma físico-financeiro. “Nos primeiros 100 dias do ano passado, foram empenhados R$ 800 milhões em obras de infraestrutura rodoviária e ferroviária. Este ano (2023), já empenhamos R$ 3,3 bilhões [em recursos públicos]”, detalhou o ministro. A expectativa do governo é a de, até dezembro, ampliar esses empenhos, de forma a garantir R$ 21 bilhões em recursos públicos.

O emedebista citou um estudo divulgado pelo site Poder 360, abrangendo a proporção de investimentos públicos em relação ao Produto Interno Bruto (soma de todas as riquezas produzidas no país). De acordo com a pesquisa, que abrange países latino-americanos e caribenhos, os países com menor proporção de investimentos públicos são Brasil, México e Aruba – cada um deles investindo apenas 1% de seus respectivos PIBs.

Renan Filho citou também um estudo da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) mostrando que, após um crescimento acentuado de investimentos públicos e privados no Brasil entre 2003 e 2014, houve, desde então, queda e “movimentação errática” desses investimentos nos anos seguintes, em especial de investimentos públicos.

“Uma análise de duas décadas de investimentos mostra que, de 2014 a 2022, o Brasil teve queda de investimentos e um comportamento errático que resultou, no ano de 2022, em um investimento [total] menor do que o de 2014. Isso trouxe grande dificuldade para o país porque houve queda abrupta do investimento público. E somente em 2022 recuperamos o nível de investimento privado de 2014. Ou seja, o investimento público encolheu muito nos últimos anos", disse Renan 

Perspectivas do mercado

O ministro deu o seu posicionamento em um contexto de boas perspectivas do mercado sobre o governo federal. Um dos motivos foi a apresentação de novas regras fiscais anunciadas no mês passado pelo ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad. 

Um dos trechos do programa fiscal do governo Lula é fazer o Estado ter mais atuação na condução da economia. Após o golpe contra Dilma Rousseff (PT), em 2016, os governos Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) aumentaram as privatizações, o que não contribuiu para o crescimento econômico no Brasil, onde, segundo dados oficiais, mais de 30 milhões são trabalhadores informais. 

O presidente da Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), Venilton Tadini, afirmou que a "indução do Estado para a articulação de políticas públicas é um resgate fantástico que está sendo feito".

Nesta quarta-feira (12), o dólar ficou abaixo dos R$ 5 e o Ibovespa aumentou, dois movimentos que também foram identificados nesta terça-feira (11), indicativos da confiança em boas perspectivas do mercado sobre o País atualmente. 

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: