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Tebet diz que não conversou com Lula sobre Pochmann e reforçou que substituição seria "desrespeito"

Ministra do Planejamento tentou sabotar a indicação de Márcio Pochmann para a presidência do IBGE

Simone Tebet (Foto: Lula Marques/Ag. Brasil)

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247 – A ministra Simone Tebet negou enfaticamente ter mantido qualquer diálogo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a possibilidade de troca na presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) antes do anúncio oficial de Marcio Pochmann, economista da Unicamp, para o cargo. Em entrevista concedida à jornalista Miriam Leitão na Globonews, a ministra do Planejamento esclareceu que o assunto não estava sendo discutido naquele momento, pois seria "desrespeitoso" com o atual presidente do órgão, que era interino, segundo reportagem da Folha.

Reforçando sua posição, a ministra ressaltou que o IBGE é uma entidade técnica e livre de influências políticas, garantindo que a escolha do novo presidente seria feita no momento oportuno e com critérios adequados. Quanto ao economista Marcio Pochmann, que foi alvo de ataques desleais e agressões sem fundamento no jornal O Globo, Tebet declarou não possuir informações suficientes sobre ele, optando por não fazer comentários acerca de sua indicação. 

Na entrevista, Simone Tebet também enfatizou o bom relacionamento com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacando a afinidade entre suas abordagens técnicas. Embora tenham divergências no campo econômico, especialmente relacionadas ao aspecto liberal e fiscal, a ministra elogiou a postura responsável de Haddad no que tange às questões fiscais.

Ao analisar o governo Lula, a ministra avaliou-o positivamente, atribuindo-lhe uma nota 8,5. Ela elogiou as medidas adotadas para reverter retrocessos e citou questões ambientais, igualdade racial, direitos das minorias e políticas de desarmamento como pontos positivos da gestão. Tebet conclamou a necessidade de enfrentar a extrema-direita representada pelo bolsonarismo e instou os partidos do centro democrático, que apoiam Lula, a discutirem alternativas viáveis para as eleições municipais de 2024, a fim de evitar o avanço da extrema-direita em cidades de médio porte, onde candidatos dessa vertente poderiam ser eleitos mesmo com 30% de apoio.

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