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Trio caloteiro oferece pouco para recuperar a Americanas, frustra bancos e pede que credores “compartilhem a dor” do prejuízo

Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira ofereceram injetar apenas R$ 7 bilhões para recuperar a varejista. Credores esperavam R$ 15 bilhões

Da esq.: para a dir.: Carlos Alberto Sicupira, Paulo Lemann e Marcel Telles (Foto: Divulgação | Reuters)

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247 - Sócios de referência da Americanas, os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira irritaram os bancos credores durante reunião nesta quinta-feira (16), que terminou sem acordo.

O trio ofereceu injetar apenas R$ 7 bilhões para salvar a empresa, que tem um rombo de R$ 40 bilhões, dado que foi ocultado dos balanços da Americanas por anos. De acordo com a Bloomberg, os representantes dos bancos privados "abandonaram a reunião sem acordo" e ficaram indignados com a proposta, considerada "insuficiente". A expectativa era de que o trio tirasse do bolso pelo menos R$ 15 bilhões.

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Lemann, Telles e Sicupira, apontados como responsáveis pelo rombo e por esconderem os dados reais da empresa, alegaram que já tiveram muito prejuízo desde que o valor de mercado da Americanas começou a cair e disseram "que os credores devem compartilhar a dor com eles ao resgatar a varejista", de acordo com a Bloomberg.

Nos últimos 11 anos, "Lemann, Sicupira e Telles já injetaram mais de R$ 2,4 bilhões por meio de aumentos de capital na Americanas, enquanto receberam R$ 785,1 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio da empresa”. Porém, “o prejuízo líquido incorrido pelos bilionários na última década contrasta com os lucros arrecadados pela equipe administrativa da Americanas desde 2013. Altos executivos receberam R$ 690 milhões em remuneração desde 2013 e, no ano passado, venderam R$ 237,8 milhões em ações", observou a Bloomberg.

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