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Venda de avião e aporte de R$ 10 bilhões: o plano de recuperação das Americanas

O plano de recuperação judicial foi apresentado à Justiça

Carlos Alberto Sicupira, Paulo Lemann e Marcel Telles (Foto: Divulgação | Reuters)

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247 - A Americanas informou no final da noite de segunda-feira (20) que seu Conselho de Administração aprovou os termos e condições do plano de recuperação judicial, bem como sua apresentação nos autos do processo de recuperação judicial do Grupo Americanas, em curso na 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro. 

O plano prevê um aumento de capital no valor de R$ 10 bilhões  que será feito pelos três principais acionistas da Americanas: Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira.

A etapa faz parte do processo iniciado em 19 de janeiro, em que a empresa admitiu ter R$ 43 bilhões em dívidas com 16,3 mil credores. Os bancos apontam fraude contábil e já mobilizaram bilhões de reais em meio a temores de calote. 

A maior dívida das Americanas é com bancos privados (R$ 19,5 bilhões). O Bradesco é o principal credor (R$ 5,1 bilhões). A lista segue com Santander (R$ 3,6 bilhões), BTG (R$ 3,5 bilhões), Itaú (R$ 2,7 bilhões) e Safra (R$ 2,5 bilhões). Banco do Brasil (R$ 1,6 bilhão) e Caixa (R$ 500 milhões) também integram a lista.

O plano também prevê que seja realizada uma conversão equivalente da dívida em capital em até 10 bilhões de reais. Fora isso, há ainda a intenção de vender uma parte dos ativos da empresa. A intenção, neste caso, é angariar outros 3 bilhões de reais. Entram nesta leva o Hortifruti Natural da Terra e Uni.co, que abrange Puket e Imaginarium.

Segundo a proposta, há ainda a intenção de vender um jatinho corporativo que pertence à varejista. A luxuosa aeronave está avaliada em 40 milhões de reais. Outros bens devem ser integrados nesta lista de  prováveis vendas. A intenção é reunir até 2 bilhões de reais em recursos provenientes de bens que serão vendidos.

O que restar da dívida de 43 bilhões de reais com mais de 16 mil credores se tornará uma recompra ou uma repactuação. Aqui, a expectativa é de emissão de até 5,9 bilhões de reais em títulos de dívida. Os títulos poderão ser debêntures simples ou debêntures conversíveis em ações. (Com Estadão, UOL, G1 e CartaCapital). 

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