"A Petrobrás foi decisiva para a queda da inflação e a retomada do crescimento", diz Jean Paul Prates à TV 247
Presidente da Petrobrás afirma que a nova estratégia comercial deu previsibilidade aos agentes econômicos e contribuiu para a melhoria dos indicadores econômicos
247 – O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, concedeu uma entrevista exclusiva ao jornalista Leonardo Attuch, editor da TV 247, na qual discutiu a nova estratégia comercial da empresa e seu impacto nos indicadores econômicos do Brasil. Durante a entrevista, Prates enfatizou o papel fundamental da Petrobrás na estabilização da economia do país e na promoção do crescimento.
A estratégia comercial da Petrobrás passou por mudanças significativas durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Prates, essa mudança decorreu de uma diretriz de governo que foi ratificada pelas urnas com a eleição do presidente Lula. Antes dessa alteração, o Brasil enfrentava uma alta volatilidade nos preços dos combustíveis, o que afetava a economia e a inflação.
Prates destacou a diferença entre a abordagem do governo anterior, liderado por Jair Bolsonaro, que reduziu os preços dos combustíveis de forma artificial, muitas vezes zerando impostos temporariamente. Em contrapartida, a nova estratégia foi descrita como mais inteligente, uma vez que buscou "abrasileirar" os preços, levando em consideração a vantagem de ter um parque de refino e uma boa produção de petróleo no país. "Isso não significou se desconectar da realidade internacional, mas sim levar em conta essa realidade de forma mais ponderada", disse ele.
O presidente da Petrobrás enfatizou que a empresa desempenhou um papel fundamental na volta do crescimento econômico e no controle da inflação, uma vez que o diesel desempenha um papel essencial na logística do país. Ele observou que a política de preços anterior da empresa, conhecida como PPI, favorecia importadores e fornecedores menos eficientes.
Outro ponto de destaque na entrevista foi o papel de longo prazo da Petrobrás e a confiança dos acionistas. Prates argumentou que a empresa não depende apenas de acionistas de curto prazo. "Os acionistas querem ver a Petrobras como uma empresa que perdurará por muitas décadas", aponta.
Além disso, a exploração do pré-sal foi mencionada como um marco na autossuficiência em petróleo do Brasil e sua capacidade de se tornar um exportador de petróleo. O presidente da Petrobras creditou essa conquista a figuras-chave como o diretor Guilherme Estrella e o ex-presidente José Sergio Gabrielli. No entanto, Prates também destacou a importância de continuar explorando novas reservas, como as da Margem Equatorial, com um compromisso rigoroso com as normas ambientais. "Tenho certeza de que chegaremos ao Amapá", afirmou.
A revitalização das refinarias internas e a conclusão de projetos como o Comperj, no Rio de Janeiro, e a Abreu e Lima, em Pernambuco, foram mencionadas como estratégias para reduzir o déficit de refino no país.
Finalmente, Prates destacou o papel da Petrobrás no redesenho da indústria petroquímica brasileira e esclareceu que, no momento, não estão analisando recompras de redes de postos de combustíveis. Assista:
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