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Daniel Cara: governo Bolsonaro entregou a política de Educação nas mãos da Damares

Segundo o professor da USP e integrante da equipe de transição, o MEC “foi tirado da tomada” do direito à Educação e colocado na tomada da guerra cultural bolsonarista

Daniel Cara e Damares Alves (Foto: Roque de Sá/Agência Senado | Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

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247 - Em entrevista à TV 247, o professor da Universidade de São Paulo (USP) Daniel Cara, que integrou o grupo de trabalho da Educação da transição do governo Lula (PT), fez declarações surpreendentes sobre a ligação entre o Ministério da Educação (MEC) e a ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, a senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF). Segundo Cara, os principais programas do MEC eram geridos pelo ministério de Damares, sem nenhuma transparência.

“Algo que eu nunca iria imaginar que aconteceria e aconteceu foi que boa parte dos programas de concepção educacional eram em acordo com o ministério da Damares. Um absurdo! Eram vários acordos que a gente sequer tinha notícias porque o governo Bolsonaro não foi transparente”, contou. 

Ainda de acordo com o educador, o MEC agia como coadjuvante na gestão da pasta. “Concretamente, o MEC era uma agência de propaganda bolsonarista que tinha o prazer enorme em praticar esses malfeitos com as universidades e institutos federais. E foi isso que a gente apresentou para o Lula”, pontuou.

O educador disse, ainda, que na última terça-feira (13) foi entregue ao presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um relatório sobre a relação entre o extremismo de direita e atentados contra escolas.  

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