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É preciso desmistificar visões generalizantes sobre evangélicos, diz Magali Cunha

Jornalista enfatizou que os grupos são diversos e plurais e afirmou que a grande maioria dos fiéis rejeita a violência. Assista na TV 247:

Magali Cunha (Foto: Acervo Pessoal)

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247 - A jornalista Magali Cunha compartilhou em entrevista à TV 247 reflexões sobre a diversidade do grupo evangélico no Brasil. Ela, que também é evangélica e pesquisadora do Instituto de Estudos da Religião (ISER), ressaltou a importância de não generalizar o segmento, destacando suas particularidades e complexidades.

Cunha enfatizou que os evangélicos não podem ser tratados como um grupo homogêneo, pois são diversos e plurais. Ela explicou que o grupo chegou ao Brasil no século 19 através de missionários dos Estados Unidos, e ao longo do tempo, foi desenvolvendo suas tradições, com o surgimento de diferentes vertentes evangélicas no país.

"Chegam os pentecostais, que é uma perspectiva bem diferente. Eles se desenvolvem ao longo do século 20 e vão crescendo com a urbanização do Brasil. Ocupam mídias. Temos uma diversidade enorme", afirmou Cunha.

Ao abordar a relação entre o segmento evangélico e o cenário político brasileiro, a pesquisadora pontuou que há uma parcela específica, alinhada ao ultraconservadorismo político, que apoiou medidas controversas, como a tortura, durante o governo Bolsonaro. No entanto, ela enfatizou que esse grupo não representa a totalidade dos evangélicos, e sim uma pequena parcela de lideranças com visões particulares e pragmáticas.

"Pode-se questionar o tipo de religião desenvolvida por esse determinado grupo, que instrumentaliza a religião de acordo com a tendência política que lhe convier. No cotidiano, existe um grupo enorme de pessoas, cerca de 30% da população, que tem uma fé identificada com a teologia, com a pastoral, com a vivência comunitária", explicou Cunha.

A jornalista destacou a importância de se compreender essa diversidade dentro do grupo evangélico e evitar generalizações que possam estigmatizar a comunidade como um todo. Afinal, a fé cotidiana de milhões de brasileiros é vivida de forma diversa, não se resumindo às perspectivas extremistas de uma minoria, resumiu. ASSISTA:

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