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Eduardo Costa Pinto: militares são alinhados a Bolsonaro ideologicamente, o que não significa embarcar em golpe

Professor analisou que militares e chefe do Executivo operam na ‘lógica do medo’, mas ponderou que existe temor das consequências de uma tentativa frustrada de golpe

Eduardo Costa Pinto, Jair Bolsonaro e Augusto Heleno (Foto: ABr | Reprodução)

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247 – O economista Eduardo Costa Pinto, em entrevista à TV 247, analisou a recente postura de militares da ativa que repudiaram as declarações golpistas de Jair Bolsonaro (PL), que atacou as urnas eletrônicas na reunião com embaixadores internacionais da última segunda-feira (18).

De acordo com o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), existe um alinhamento ideológico de militares com Bolsonaro, sendo que ambas as partes acreditam em teorias da extrema direita como ‘marxismo cultural’ e ‘globalismo’, mas há receio dos homens de farda em embarcar na tentativa de um golpe de Estado. “É muito diferente uma parte enorme das Forças Armadas pensar como o Bolsonaro e essa parte entrar numa trajetória de golpe. Porque a gente lembra o seguinte: se o golpe não der certo, quem deu o golpe perde tudo e vai para a cadeia. Não é trivial.”

“Acho que esse é um ponto, e a gente não pode ficar preso na lógica do medo, porque o Bolsonaro e os militares operam com o medo o tempo inteiro. Eles fazem política colocando o medo na população em geral, que vai pensar assim: ‘será que se o Lula ganhar não vai ter muita confusão e pode ter um golpe? Não é melhor votar em outro?’”, ponderou o professor.

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