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Muitos favelados já não têm mais nada a perder, diz André Constantine

Ativista alertou que a "primavera revolucionária" partirá das favelas espalhadas pelo Brasil. Assista na TV 247

André Constantine (Foto: Ederson Casartelli)

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247 - O ativista André Constantine lançou um olhar sobre a situação das favelas brasileiras, especialmente as cariocas, durante uma participação na TV 247. Para ele, os problemas enfrentados pelas comunidades estão ligados em todo o Brasil, e é necessário criar espaços de diálogo e intercâmbio entre elas.

O ativista alertou para uma possível "primavera revolucionária e socialista" que, segundo ele, está por vir e que nada poderá deter, mesmo que tentem silenciar.  "Essa primavera revolucionária e socialista vai ser preta, favelada e periférica, liderada por aqueles sem nada a perder", enfatizou.

Ele parafraseou o icônico ativista dos direitos civis dos Estados Unidos Malcom X, ao destacar: ‘homens que não têm nada a perder são os mais perigosos em uma sociedade’. Esses homens, segundo Constantine, estão presentes “nas faixas de Gaza”, “nos campos de extermínio” e, “especialmente, nas favelas brasileiras”. Muitos deles já perderam a esperança de um futuro melhor, vivendo sem projetos, sonhos ou perspectivas.

Dentro desse cenário, o ativista apontou a realidade dura das favelas como locais onde a falta de oportunidades e a pobreza são exploradas pelas facções criminosas. Constantine denunciou a utilização desses jovens como mão de obra barata nas atividades relacionadas ao tráfico de drogas e à circulação de armas nas comunidades periféricas.

As favelas brasileiras são palco de lutas diárias por sobrevivência, enfrentando questões estruturais profundas que permeiam a desigualdade social, falta de acesso à educação e saúde, além da ausência de oportunidades de trabalho digno. O ativista destacou a importância de se promover a troca de experiências e a união entre essas comunidades, uma vez que os desafios enfrentados nelas são semelhantes em todo o país.

“Os problemas das favelas cariocas são os mesmos em todas as favelas no Brasil. Essa troca e intercâmbio é muito importante. A revolução socialista, que vai acontecer, essa primavera, que ninguém vai conseguir deter mesmo matando uma, duas ou três rosas, mas não deterão essa primavera revolucionária e socialista. Ela vai ser preta, favelada e periférica e liderada por aqueles sem nada a perder. Parafraseando o grande e honorável Malcom X, não existe em uma sociedade criação mais perigosa que um homem sem nada a perder. E esses homens estão aqui, dentro das faixas de Gaza, dentro dos campos de extermínio, são as favelas. Muitos deles já não têm mais nada a perder. Eles não têm projeto, sonhos, perspectiva de futuro. Estão aqui com fuzil na mão e pés descalços, uma mão de obra barata utilizada pelas facções, o que é uma peça nessa engrenagem da venda de drogas e da circulação de armas nas favelas e nas periferias”, disse o ativista. ASSISTA:

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