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"O Brasil não pode mais ser refém de militares golpistas", diz Luís Felipe Miguel

Segundo o professor, chegou a hora de punir os militares envolvidos com o golpe frustrado de 8 de janeiro

(Foto: ABR | Reprodução)

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247 – O professor Luís Felipe Miguel, cientista político da Universidade de Brasília, concedeu uma entrevista ao linguista Gustavo Conde, da TV 247, na qual abordou questões relacionadas ao papel dos militares e a situação democrática no Brasil. Durante a conversa, Miguel fez diversas considerações contundentes sobre o tema, levantando pontos importantes e questionando o atual cenário político do país.

Uma das afirmações do professor Miguel foi a de que os militares atuaram no golpe de 2016 contra o governo legítimo da presidente Dilma Rousseff, ainda que tenham agido nas sombras. Segundo ele, os militares avalizaram a derrubada de um governo democraticamente eleito.

Miguel também destacou uma mudança no perfil das Forças Armadas brasileiras ao longo dos anos. Segundo suas palavras, não temos mais um núcleo democrata e comprometido com a democracia nas instituições militares, como existia antes do golpe de 1964. Ele aponta que a ditadura, ao tomar o poder, eliminou esse setor das Forças Armadas.

O professor enfatizou a presença atual da extrema direita e dos oportunistas nas instituições militares, afirmando que esse é o grupo dominante no momento. Essa observação levanta questionamentos sobre a influência desses grupos na política e nas decisões do país.

Outro ponto abordado por Miguel é a oportunidade histórica de julgar militares pela justiça civil. Essa afirmação indica a importância de responsabilizar os membros das Forças Armadas por possíveis violações dos direitos humanos e crimes cometidos durante o período da ditadura militar.

Além disso, o professor criticou a postura dos militares que não conseguem conviver com a democracia, ressaltando que o Brasil não pode ser refém de uma instituição que não respeita os princípios democráticos. "O Brasil não pode mais ser refém de militares golpistas", afirma.

O papel da Lava Jato – Por fim, Miguel declarou que a Operação Lava Jato foi uma conspiração contra a democracia brasileira. Essa afirmação remete às controvérsias envolvendo os métodos utilizados pela operação e as consequências para o sistema político do país.

A entrevista do professor Luís Felipe Miguel traz à tona uma reflexão sobre a atuação dos militares e a importância de fortalecer os valores democráticos no Brasil. Suas colocações provocam uma análise crítica do atual momento político e do papel das instituições militares na democracia brasileira. Assista:

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