“O Governo Lula tem que ter a audácia de interferir na estrutura de comunicação do país”, diz Valter Pomar

247 – O historiador e analista político Valter Pomar concedeu uma entrevista à TV 247, onde discutiu de maneira crítica a política de comunicação do atual governo e apontou a necessidade de inovação e intervenção na estrutura midiática do país. Pomar trouxe à tona questões sobre monopólios de comunicação, o papel do Ministério das Comunicações e o posicionamento estratégico da esquerda.

Uma das principais críticas de Valter Pomar recai sobre a falta de inovação na política de comunicação do governo. Ele argumenta que simplesmente comunicar as realizações governamentais não é suficiente. Em vez disso, ele ressalta a importância de interferir ativamente na estrutura de comunicação do país. Para Pomar, é crucial que se evite repetir erros do passado, nos quais monopólios midiáticos mantiveram e até ampliaram seu domínio sobre a audiência e a receita publicitária.

O professor e dirigente político ressaltou o perigo de uma política de apaziguamento frente aos grandes conglomerados de mídia. A ausência de medidas concretas para promover a diversificação midiática é vista por Pomar como um problema, pois pode resultar em uma manutenção ou ampliação dos monopólios existentes.

Ele rejeita qualquer noção de aliança entre a mídia monopolista e a esquerda, enfatizando que os interesses da Globo não necessariamente coincidem com os da esquerda. 

O analista político também fez questão de destacar a atuação do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, como um dos principais agentes dessa dinâmica. Pomar enfatizou que Lira não é um aliado da esquerda e está envolvido na manutenção dos interesses dos grandes meios de comunicação. Segundo Pomar, é vital que a esquerda esteja ciente das agendas em jogo e não subestime a influência desses atores políticos.

A entrevista de Valter Pomar à TV 247 chama a atenção para a importância da política de comunicação como uma ferramenta estratégica no cenário político atual. Suas análises lançam luz sobre a necessidade de uma abordagem inovadora e ativa, que vá além da simples comunicação de feitos governamentais. Assista: