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Safatle: “Forças Armadas são o foco principal da desordem no Brasil”

O professor e filósofo defende ainda que as empresas que financiam o golpismo “sejam expropriadas e passem para o controle da classe trabalhadora”

Vladimir Safatle (Foto: Reprodução/Youtube)

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247 – O professor e filósofo Vladimir Safatle, que foi candidato a deputado federal pelo PSol, participou do programa Giro das Onze da TV 247.

Ele considera que o “Brasil vive sob a espada de um golpe de estado”. 

“Muitas pessoas ridicularizavam, mas este golpe foi tentado várias vezes: dia 7 de setembro de foi uma das tentativas em que depois veio um discurso de que foi tentado o golpe, mas não deu certo. E o que aconteceu depois? Bolsonaro quase venceu as eleições, perdeu por um ponto de diferença. E agora, na primeira semana do novo governo, eles mostram uma mobilização invejável, que mostra força e organização”, analisou.

Safatle reafirmou que a democracia está sob um ataque frontal como nunca esteve antes, mas considera que as medidas tomadas pelas instituições até agora foram adequadas, mas aponta outras ações necessárias.

“Vimos como a polícia militar foi uma parte do processo. Ela não somente facilitou, como deu estrutura para que aquelas pessoas chegassem até o Palácio do Planalto.

A Polícia Militar está corrompida de cima a baixo. A PM brasileira não é uma polícia de estado. É uma facção armada ligada a um projeto político. Ela precisa ser dissolvida, pois é um risco para a democracia brasileira”, defende o professor.

E continua: “O alto comando do generalato brasileiro precisa ir para a reserva, porque essas pessoas já estão em insubordinação. As Forças Armadas não são garantidoras da lei e da ordem. Elas são o foco principal da desordem no Brasil, então não é possível que esse generalato permaneça tal como está”.

Por último, Safatle defende que se quebre o eixo de financiamento do bolsonarismo. “Descobertas as empresas que financiaram, eu sugiro que elas sejam expropriadas e passem para o controle da classe trabalhadora”, defende.

“Ao meu ver, essas três ações são difíceis de serem tomadas, mas se não forem vamos continuar com esse processo durante meses até o governo não ter mais força e fôlego para se contrapor”, concluiu. 

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