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"Temos que exigir que todos os envolvidos no 8 de janeiro sejam punidos, inclusive os criminosos de farda”, diz Valter Pomar

Historiador diz que não pode haver anistia para beneficiar militares golpistas

(Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | ABR)

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247 – Em entrevista à TV 247, o historiador Valter Pomar, analista político e dirigente do Partido dos Trabalhadores (PT), abordou a possibilidade de acordo para anistia de militares em relação à tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro de 2023. Pomar abordou a questão da anistia para militares, sugerindo que há um movimento em curso para garantir essa anistia. Pomar apontou que os militares estão buscando se poupar de eventuais punições e que poderiam operar para que apenas figuras menores fossem responsabilizadas. Ele destacou a participação direta de alguns comandantes nos eventos de 8 de janeiro e afirmou que é fundamental impedir que a pressão em favor de um não julgamento prevaleça. O analista político reforçou a importância de exigir que todos os envolvidos no evento sejam julgados, condenados e punidos, incluindo aqueles que vestem fardas. “Nós temos que exigir que todos os envolvidos no crime do 8 de janeiro sejam julgados, condenados e punidos, inclusive os criminosos de farda”, afirmou.

No decorrer da entrevista, Pomar expressou preocupação em relação à alocação de verbas significativas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para as Forças Armadas. Ele argumentou que essa abordagem não é positiva, pois perpetua uma lógica que já prevaleceu em governos de esquerda no passado, a qual busca conquistar o apoio das Forças Armadas através do financiamento. Pomar ressaltou que, independentemente dos recursos disponíveis, as Forças Armadas devem ser defensoras da soberania nacional e respeitadoras das liberdades democráticas do povo brasileiro. Ele enfatizou que a quantidade de recursos não deve influenciar a função primordial das Forças Armadas, proteger a soberania nacional. Ele salientou a necessidade de um absoluto e total respeito da doutrina, educação militar e hierarquia em relação ao governo eleito democraticamente. Essa postura é fundamental para manter a integridade das instituições democráticas e garantir que as Forças Armadas não exerçam tutela sobre o povo. Assista:

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