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Com 4 medalhas, Nordeste alcança protagonismo inédito na história das Olimpíadas

Nunca antes os atletas nordestinos haviam sido tão fundamentais para a campanha do Time Brasil. Dos sete ouros conquistados no Japão, quatro vieram da região: o potiguar Italo Ferreira (surfe) e os baianos Ana Marcela Cunha (maratona aquática), Isaquias Queiroz (canoagem) e Hebert Conceição (boxe)

O boxeador baiano Hebert Conceição (Foto: Julio César Guimarães/COB)

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Por Ricardo Antunes “A melhor campanha olímpica do Brasil é preta, é baiana, é nordestina”, diz a jornalista Alicia Klein. E não é a toa. Nunca antes os atletas nordestinos haviam sido tão fundamentais para a campanha do Time Brasil. Dos sete ouros conquistados no Japão, quatro vieram de lá: o potiguar Italo Ferreira (surfe) e os baianos Ana Marcela Cunha (maratona aquática), Isaquias Queiroz (canoagem) e Hebert Conceição (boxe). Outro ouro pode vir da região, já que mais uma baiana, Bia Ferreira, disputa final da categoria até 60 kg com a irlandesa Kellie Anne Harrington neste domingo, às 2h (de Brasília).

É um protagonismo que o Nordeste nunca teve em 101 anos de participação olímpica do Brasil. A região se destaca, ganhando mais ouros nas provas individuais do que havia conquistado em todas as Olimpíadas anteriores somadas -além das quatro medalhas de ouro, soma também uma prata em Tóquio-2020.

E não são apenas vitórias. “Cada atleta, cada medalhista, cada ouro trouxe não só a fugaz euforia da vitória, a volta da lágrima ao som do hino, a emoção de carregar com orgulho nossa bandeira, de retomar nossas cores. Todos trouxeram à tona, também, o óbvio que tantas vezes se esquece nesse país: durante séculos, os negros carregaram o Brasil nas costas. Literalmente”, diz Klein.

“Agora, quem leva o ouro para casa é quem realmente merece. Quem brilha, quem impressiona, quem é melhor. Fica a minha esperança de que isso não se encerre nos Jogos Olímpicos. Que nos lembremos de que não somos um país branco, sustentado pelo sudeste. Que, finalmente, nossas riquezas parem nas mãos de Heberts, Rebecas, Isaquias e tantas outras e outros que talvez nunca conquistem uma medalha, mas lutam, tomam porrada e se levantam todos os dias, bravamente”, finaliza ela.

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