Bancada do PT defende novo piso regional
Os deputados da bancada do PT na Assembleia Legislativa saudaram a proposta de recomposição do salário mínimo regional encaminhada ao legislativo gaúcho pelo governo do Estado; o projeto prevê um reajuste de 16% e corrige uma distorção que vem desde 2002, quando o piso regional, instituído pelo governo de Olívio Dutra, era cerca de 30% superior ao mínimo nacional; o piso regional valoriza categorias como a dos comerciários
PT Sul - Os deputados da bancada do PT na Assembleia Legislativa saudaram a proposta de recomposição do salário mínimo regional encaminhada ao legislativo gaúcho pelo governo do Estado nesta terça-feira (11). O projeto prevê um reajuste de 16% e corrige uma distorção que vem desde 2002, quando o piso regional, instituído pelo governo de Olívio Dutra, era cerca de 30% superior ao mínimo nacional. O piso regional valoriza categorias como a dos comerciários.
O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Valdeci Oliveira, acompanhou o anúncio do reajuste pela manhã e frisou que "o percentual apresentado recupera a defasagem dos índices pagos em 2001, quando foi criado o piso. A valorização do mínimo regional representa mais distribuição de renda e mais geração de empregos", destacou.
Se a proposta do Executivo for aprovada na Assembleia Legislativa, o salário mínimo regional passa a valer R$ 1.006,88 na faixa 1, R$1.030,06 na faixa 2, R$ 1.053,42 na faixa 3, R$ 1.095,02 na faixa 4 e R$ 1.276,00 na faixa 5. Na condição de líder do governo no Parlamento, Valdeci vai pedir agilidade na tramitação do projeto de lei, que já foi entregue ao Parlamento em regime de urgência. "Queremos votar a matéria ainda neste ano. Está em questão um benefício para mais de um milhão de gaúchos", acrescentou.
"Desde 2002, o mínimo regional vem perdendo valor, mas o governador Tarso Genro, a partir de 2011, vem realizando uma política de desenvolvimento e de valorização da classe trabalhadora que procura recompor seu valor de compra e, com o reajuste proposto agora (de 16%), ele praticamente passa a valer o mesmo que há 12 anos, quando era 28% a mais que o mínimo nacional", afirmou o deputado Nelsinho Metalúrgico, durante a sessão plenária na tarde desta terça-feira.
Para o parlamentar, o governador acertou na política econômica e de desenvolvimento para o Rio Grande do Sul. Tanto que, nos últimos quatro anos, foram gerados em torno de 250 mil empregos no estado. "Foram 52 mil em 2011, 64 mil em 2012, 94 mil em 2013 e mais de 52 mil até outubro deste ano", citou. Os números possibilitaram ao estado a menor taxa de desemprego da sua história - 3,5% em outubro.
Nelsinho Metalúrgico defendeu a aprovação da proposta pela Plenário da Casa, sustentando que ela busca garantir, tanto ao trabalhador quanto à economia gaúcha, a possibilidade de manter um círculo virtuoso de emprego, renda e poder de compra.
A proposta foi apresentada em regime de urgência, devendo ir a plenário daqui a 30 dias. Pelo projeto encaminhado pelo governo, o piso regional fica 1,28 pontos percentuais acima do mínimo nacional.
Já na opinião da deputada Marisa Formolo, "o governo ouviu as centrais sindicais e atendeu à reivindicação de recuperar perdas acumuladas nos últimos anos". Durante a solenidade de entrega do projeto, o secretário da Casa Civil, Carlos Pestana, aproveitou para comunicar que, em breve, o governo enviará à Assembleia um pacote com 30 projetos, mas ressaltou que são matérias sem grandes novidades, como doações de áreas e outros que representam compromissos assumidos pelo Executivo.
Miriam Marroni, por sua vez, parabenizou o governador Tarso Genro por seguir esta política de valorização da economia gaúcha e dos trabalhadores, assegurando mais qualidade de vida e a produtividade nos serviços e na área industrial. "Ao olhar o salário mínimo como condição fundamental para uma economia e melhoria da produção, quem tem salário digno é um trabalhador melhor, que tem orgulho e dignidade de sua empresa e assim temos visto resultados de salários dignos que movimentam não só a produção, mas também a economia e o consumo. Muda a perfil do trabalhador aqui, aumentando a qualidade de vida e de quem luta contra a desigualdade social", avaliou.
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