BB nega quebra de sigilo, mas não documenta
Procurado pelo 247, banco no forneceu resultado da auditoria nem publicou nota oficial; MP deve abrir investigao criminal
247 – Continua mal explicada a quebra do sigilo bancário do ex-vice-presidente do Banco do Brasil, Allan Toledo, e da aposentada Liu Mara Zerey. Ambos tiveram dados financeiros publicados no jornal Folha de S. Paulo, em meio a uma guerra de poder na instituição. Na segunda-feira, de maneira informal, o Banco do Brasil disseminou a informação de que a auditoria interna concluiu que não houve a quebra do sigilo. Em seguida, tanto o 247 como os jornais Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo noticiaram que o Ministério Público poderá abrir uma investigação criminal para chegar aos responsáveis pelo caso.
Procurada pelo 247, a assessoria de comunicação do BB não forneceu a auditoria e também afirmou que não soltará nenhuma nota oficial com os resultados da investigação. Ou seja: a informação prestada a vários veículos na segunda-feira, logo após a reunião do conselho de administração do banco, continua informal. Foi este resultado de auditoria, ainda não documentado pelo BB, que garantiu, por ora, a permanência do vice-presidente Ricardo Oliveira na instituição.
A representação criminal foi protocolada junto ao Ministério Público no dia 27 de março deste ano. Assinada pelo criminalista José Roberto Batochio, ela se baseou nas evidências de que Allan Toledo e Liu Mara tiveram informações financeiras publicadas na Folha e também em correspondências enviadas de forma anônima ao advogado. Uma delas era uma carta de um suposto funcionário do BB que denunciava a tentativa dos auditores de sombrear registros e apagar indícios do vazamento. A segunda, também enviada de forma anônima ao advogado, foi um email interno do banco, apontando o nome de um funcionário, chamado Carlos César L. Dias, que efetivamente pediu dados da conta nas agências onde Allan Toledo e Liu Mara tinham conta.
Toledo desligou-se de forma amigável do Banco do Brasil. Recebeu depósitos de R$ 953 mil em janeiro de 2011, referentes à venda de um imóvel, mas sua conta só foi invadida um ano depois, quando uma rede de intrigas abalava o BB. Na instituição, é tenso o clima diante da possibilidade de uma investigação criminal.
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