Conseg quer manter PMs gerindo presídio
O Conselho Estadual de Segurança Pública de Alagoas (Conseg) está recomendando que a militarização do Presídio de Segurança Militar seja prorrogada; solicitação encaminhada ao governo estadual diz que os agentes penitenciários ""ainda estão despreparados para retomar o controle da administração"
Alagoas247 - O Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg) recomendou, na tarde dessa quarta-feira (29), que governo do Estado prorrogue o prazo para a militarização do Presídio de Segurança Militar (PSM) até o dia 31 de janeiro do próximo ano. Por meio de solicitação ao colegiado, a Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) alegou que os agentes penitenciários "ainda estão despreparados para retomar o controle da administração".
Segundo o defensor público e conselheiro Ricardo Melro, o Executivo determinou a gerência de cerca de 40 militares há três meses, cujo prazo foi encerrado no último dia 18. A Seris, entretanto, pediu a continuação dos policiais à frente do sistema prisional em troca da capacitação dos agentes penitenciários para retomarem as atividades de custódia.
"Segundo a Seris, os agentes estão despreparados para retomar a administração interna no presídio. Portanto, a própria secretaria disse que os profissionais serão capacitados até o final de janeiro. O PSM é o presídio que abriga detentos de maior periculosidade", explicou o conselheiro.
De acordo com o comandante da Polícia Militar (PM), coronel Marcus Vinícius, um novo grupo de militares deve assumir a gestão, a não ser que os atuais queiram ficar. Serão feitos novos treinamentos e uma transição, de forma a manter a ordem na unidade penitenciária. Em fevereiro, os agentes voltam a fazer a segurança nas ruas.
"É uma decisão difícil, porque precisamos desses policiais nas ruas. Mas, com eles aqui, a criminalidade será reduzida também nas ruas, já que muitos crimes são ordenados daqui de dentro", comentou o comandante.
Em resposta aos argumentos apresentados, o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindapen), Jarbas de Souza, disse que a secretaria está usando artifícios para a permanência dos militares e desafiou o órgão a confirmar a existência de curso de gestão de presídios na preparação de militares.
"Os agentes estão preparados desde 2006 e os próprios militares não querem ficar ali. É claro o desvio de função e a usurpação da nossa. Agora, a gente vai pedir ao conselho as alegações e, a depender da situação, entraremos com uma ação coletiva na Justiça", expôs o sindicalista.
Com gazetaweb.com
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