Conselhos Tutelares denunciam ameaças
Membros da Associação dos Conselhos Tutelares e ex-Conselheiros Tutelares de Alagoas (ACECTAL) participaram de um ato público, em frente ao Tribunal de Justiça (TJ) para reivindicar melhorias para os 550 conselheiros que atuam no Estado; manifestação ocorreu, também, por causa do assassinato de três conselheiros tutelares em Pernambuco, na semana passada
Alagoas247 - Após o assassinato de três conselheiros tutelares em Pernambuco, na semana passada, a Associação dos Conselhos Tutelares e ex-Conselheiros Tutelares de Alagoas (ACECTAL) se uniu a um movimento nacional para denunciar ameaças à categoria e para reivindicar melhorias para os 550 conselheiros que atuam aqui no Estado. Um ato público em frente ao Tribunal de Justiça (TJ) de Alagoas, localizado na Praça Marechal Deodoro, no centro de Maceió, reuniu o grupo e tentou chamar a atenção da sociedade para a dificuldade no exercício da profissão.
Os conselheiros alagoanos se uniram em torno do objetivo maior que é cobrar do poder público as condições necessárias para exercer o ofício com tranquilidade, além de exigir respeito. Eles prepararam uma carta elencando os pontos que se transformaram em bandeiras de luta para a classe. O grupo entregou o documento ao corregedor-geral ada Justiça de Alagoas, desembargador Kléver Rêgo Loureiro e à secretária da Mulher e Direitos Humanos, Rosinha da Adefal.
Após reunião, ficou acertado que a Corregedoria vai elaborar um estudo para criação de um provimento para determinar as funções de conselheiros e juízes. Além disso, vai sugerir para a Escola da Magistratura (Esmal) um curso para os magistrados compreenderem a função dos conselheiros.
De acordo com o Arildo Souza, presidente da associação, a carta é um desabafo feito pela categoria. “Estamos vestidos de preto em luto pelos conselheiros que foram assassinados em Pernambuco e por tantos outros que sofrem com ameaças constantes durante a rotina de trabalho. No documento que iremos entregar ao presidente demonstramos a insegurança diária”, informou o representante.
Ainda de acordo com ele, a sede da associação, situada no Tabuleiro do Martins, já foi arrombada e os conselheiros foram ameaçados de morte.
“O fato de os conselheiros serem desviados de função, como entregar ordem judicial ou denunciar casos de estupro, aumenta as chances de ameaças e violência contra a categoria”, frisou. O ato em Maceió faz parte de uma paralisação nacional dos conselheiros, que lutam contra a violência em todo Brasil.
Pernambuco
Três conselheiros tutelares e uma mulher foram assassinados na noite da sexta-feira (6) em Poção, no agreste pernambucano. As vítimas estavam no carro do Conselho Tutelar com uma menina de três anos, que não se feriu. O grupo levava a criança da casa da avó paterna para a casa da avó materna, uma das vítimas. As duas compartilhavam a guarda da criança. O crime aconteceu em uma estrada na zona rural de Poção, a 240 quilômetros do Recife.
Os conselheiros eram Carmem Lúcia da Silva, de 38 anos, José Daniel Farias Monteiro, de 31, e Lindenberg Nóbrega de Vasconcelos, de 54. Uma equipe do Instituto Médico Legal (IML) deCaruaru esteve no local e recolheu os corpos.
Com gazetaweb.com
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