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    Costa não quer ser visto como candidato de Dirceu

    Dentro do PT, o pensamento é observado como uma tentativa do governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, de ligar o nome do senador ao do principal réu do escândalo do Mensalão, justamente no período que antecede o julgamento do caso no Supremo 

    Costa não quer ser visto como candidato de Dirceu (Foto: Montagem PE247 )

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    PE247 – Bancado pelo comando nacional do PT na corrida sucessória do Recife, o senador Humberto Costa quer espantar de uma vez a pecha de candidato construído pelo ex-ministro José Dirceu. O pensamento – levado (em tom de reclamação) pelo governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos à presidente Dilma Rousseff (PT) – é visto, nas hostes petistas, como uma tentativa do socialista de ligar o seu nome ao do principal réu no escândalo do Mensalão, justamente no período que antecede o julgamento do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).
    Há o receio, por parte da equipe de campanha de Costa, de que um resultado desastroso para Dirceu no Supremo atinja diretamente a sua campanha, que já esbarra em resistências diversas. Resistências estas que estão arraigadas dentro do próprio PT e no seio do campo dos governistas em Pernambuco.

    Para evitar embaraços prováveis no futuro, Humberto tem insistido na tecla de que ele é candidato (apenas) do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do presidente nacional do PT, Rui Falcão, e da presidente Dilma Rousseff. O senador ainda ressalta que a construção de sua candidatura se deu em meio a um dos momentos mais conturbados da história do partido e que, por isso, era necessário buscar uma solução capaz de encerrar as disputas internas, que pegaram fogo com o acirramento das prévias entre o atual prefeito, João da Costa, e ex-deputado federal Maurício Rands.

    Porém, o discurso do senador esbarra justamente no antigo aliado. Rands deixou o PT, entregou o cargo que ocupava em nome do partido no Governo Eduardo Campos e renunciou ao mandato na Câmara. Tudo por acreditar que Humberto Costa conspirou, juntamente com José Dirceu, para rifar a sua candidatura e do prefeito João da Costa.

    Na leitura de Maurício Rands, Dirceu não estava satisfeito com a possibilidade de ver um correligionário extremamente ligado a Eduardo Campos, seu desafeto declarado, no comando de uma das principais capitais geridas pelo PT. Nesse entendimento, os méritos acabariam sendo atribuídos ao socialista e não a força do Partido dos Trabalhadores no Recife. O prefeito João da Costa também compartilharia desse entendimento. Tanto que o gestor ainda não se posicionou se vai apoiar a tentativa do correligionário de sucedê-lo.

    Esse parece um dos nós mais complicados que o senador Humberto Costa terá que desatar para chegar à Prefeitura do Recife.

     

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