Críticas à política e promessa de gestão ágil

Raphael Coutinho _PE247 – Durante a oficialização da pré-candidatura do secretário estadual de Governo e deputado federal Maurício Rands, a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), do PT, justificou as razões para o lançamento do nome. Em um manifesto público, a ala da legenda defendeu as qualidades de Rands, ressaltando que ele “tem as melhores condições para representar o PT na disputa municipal do Recife”. Além disso, o secretário garantiu que é necessário um aprimoramento da gestão petista no Recife.

Durante os discursos, o senador Humberto Costa e o deputado federal e presidente da legenda, Pedro Eugênio, nomes importantes da CNB, lembraram também o histórico da corrente de abrir mão em favor da unidade. “Há cerca de quatro anos, Rands e eu abrimos mão de nossas pré-candidaturas em favor da unidade partidária. Naquela época, já havia divergências internas, mas é isso que forma um partido”, disse Pedro Eugênio. “Nossa história (CNB) dentro do PT é de compromisso com o partido. Em diversos momentos abrimos mão de situações e agimos com lealdade partidária”, acrescentou Humberto.

A nota distribuída no evento ressalta a falta de articulação do atual prefeito João da Costa, defendendo o lançamento de Rands. “Entendemos que o estilo excessivamente centralizador, e avesso às indispensáveis e permanentes negociações com as forças internas do PT, com as lideranças da Frente Popular e do legislativo municipal, terminou por consolidar um ambiente extremamente negativo, constatado pelo próprio prefeito, ao reconhecer que houve um ‘déficit de diálogo’”, diz o documento. Ainda de acordo com o texto, a CNB apresenta o nome de Rands para “não pecar por emissão”.

Essa falta de capacidade de articulação política do prefeito João da Costa foi a principal referência na fala dos integrantes presentes à reunião desta sexta-feira (30). “Minha adesão (à pré-campanha de Rands), como muitos por aí ressaltaram por aí, não se deu porque existe algum grau de parentesco entre nós. O motivo foi a falta de capacidade política para gerir as articulações do partido”, ressaltou o ex-secretário de Assuntos Jurídicos da Prefeitura e cunhado de Rands, Cláudio Ferreira, que agora será coordenador da pré-campanha.

“Não houve avanços na gestão política, apenas na gestão administrativa. Nós, o tempo todo, queríamos que o prefeito convencesse que a candidatura dele seria o melhor caminho. Tentamos contribuir com isso, inclusive”, acrescentou Humberto Costa. A proposta da CNB, é exatamente o contrário, como repetiu por várias vezes Maurício Rands. “Estamos com essa pré-candidatura para tentar construir um consenso progressivo no PT e na Frente Popular. Vamos discutir quais são os programas que precisam continuar e os novos que precisam ser acrescentados. Mas, acima de tudo, vamos trabalhar com um aprimoramento da gestão”, pontuou.