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    Ex-diretora do Ministério da Justiça prestará depoimento à PF sobre investigação de Mapa Eleitoral e blitze da PRF

    Delegada Marília Alencar será ouvida pela Polícia Federal em Brasília sobre suposta utilização política de mapa eleitoral do presidente Lula para planejamento de blitz da PRF

    Imagens que PF localizou em celular de ex-diretora de inteligência do Ministério da Justiça Marília de Alencar apontam cidades onde Lula venceu no 1º turno com folga (Foto: Reprodução)

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    247 - Nesta sexta-feira (11), a ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, Marília Alencar, que também é delegada da Polícia Federal (PF), será interrogada pela PF na sede em Brasília, às 11h. Este será o segundo depoimento de Marília relacionado à investigação conduzida pela PF sobre as blitzes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o segundo turno das eleições do ano passado, particularmente nas rodovias do Nordeste.

    A PF está investigando um relatório de inteligência elaborado pela Diretoria de Inteligência, sob a gestão de Anderson Torres, na época Ministro da Justiça. Para os investigadores, há indícios de que este boletim de inteligência tenha sido empregado para coordenar uma operação da PRF, visando impedir que eleitores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegassem às urnas.

    A apuração da PF teve início após uma denúncia apresentada por um servidor da Diretoria de Inteligência do MJ, subordinada a Marília Alencar. O analista de crimes cibernéticos foi responsável por elaborar o boletim de inteligência, contendo dados dos votos no primeiro turno das eleições do ano passado entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Ele afirmou que a solicitação para criar o relatório partiu de Marília Alencar, a qual achou "estranha", levando-o a contatar a PF.

    Nos dispositivos móveis de Marília, a PF encontrou mapas com marcações em vermelho no Nordeste, indicando cidades onde Lula obteve expressivas votações no primeiro turno. A defesa de Marília alega que o mapa estava relacionado a uma investigação de possível compra de votos em cidades específicas, incluindo também a votação do então presidente Jair Bolsonaro.

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