Falta de médicos prejudica 10 mil pessoas
O posto de saúde Djalma Loureiro, no bairro do Clima Bom, em Maceió, está sem clínicos gerais, ginecologistas, e cardiologistas, além de materiais odontológicos e remédios; 10 mil usuários atendidos por mês estão sendo prejudicados
Alagoas247 - Os pacientes que precisam de atendimento médico no posto de saúde municipal Djalma Loureiro, situado no bairro do Clima Bom, não encontram clínicos e especialistas disponíveis. Com isso, 10 mil usuários atendidos por mês se prejudicam e funcionários ameaçam protesto, caso a situação não seja resolvida por parte do poder público.
De acordo com Alda Deolinda da Silva, membro do conselho gestor do posto, há seis meses, faltam clínicos gerais, ginecologistas, e cardiologistas, além de materiais odontológicos e remédios no geral, o que vem comprometendo a saúde da população local, que não consegue atendimento no Hospital Geral do Estado (HGE), no Trapiche da Barra, por não se tratar de urgência e emergência.
No dia 17 de março, a unidade fechou as portas para reforma e os atendimentos foram transferidos para o IB Gatto Falcão, no Tabuleiro do Martins. Já no dia 30 de abril, os três clínicos que ocupavam cargos comissionados foram exonerados e, em agosto, as obras foram concluídas, mas o problema persistiu.
"A nossa salvação foram os atendimentos prestados pelo diretor do posto, que ocupava funções administrativas e, ao mesmo tempo, funções clínicas. Inclusive, já estava aposentado como médico há dois anos. Porém, agora, ele entrou de férias e não temos nenhuma alternativa para atender parte da demanda", comentou a conselheira.
O conselho vinha sendo provocado há algum tempo em meio à falta de profissionais. Segundo Alda, não somente clínicos estão ausentes no postos. "Só para se ter uma ideia do problema, os dentistas vêm para cá, recebem, mas não trabalham, porque faltam materiais e equipamentos. Além disso, há mais de seis meses, estão em falta remédios para diabetes, hipertensão e Mal de Alzheimer", relatou Alda.
Diante da situação, o conselho gestor se reuniu com a promotora de Justiça de Defesa da Saúde Pública, Micheline Tenório. Ela ouviu as reclamações e disse que o problema atinge outros postos, já que mais de mil profissionais médicos que ocupavam cargos comissionados em Alagoas foram exonerados após investigação feita pelo Ministério Público Estadual (MPE).
Na ocasião, a promotora garantiu que exigirá da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) concurso público e o retorno dos médicos desviados de função e os que não cumprem horário. "Se não resolver, vamos com um ônibus lotado de pacientes e protestar em frente à Prefeitura de Maceió ou à casa do prefeito", sinalizou a representante do conselho.
A reportagem tentou contato com a assessoria da SMS, mas ninguém atendeu às ligações. Já a Secretaria de Comunicação (Secom) informou que vai se inteirar do fato e emitirá algum posicionamento.
Com gazetaweb.com
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