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    Futuro de Demóstenes no DEM depende de procurador

    Partido estuda expulsar o senador caso Roberto Gurgel decida pedir abertura de inqurito para investigar seu envolvimento com o empresrio de jogos Carlos Cachoeira, preso na Operao Monte Carlo

    Futuro de Demóstenes no DEM depende de procurador (Foto: Ueslei Marcelino/Folhapress)
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    247 – O DEM aguarda a decisão do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para decidir o futuro do senador Demóstenes Torres (GO) no partido. A Procuradoria ainda não se pronunciou se abrirá uma ação em relação ao envolvimento dele com o empresário de jogos Carlos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo, no mês passado.

    Leia mais da matéria da Folha:

    O futuro do senador Demóstenes Torres (GO) no DEM depende da abertura de ação da Procuradoria-Geral da República em relação ao envolvimento dele com o empresário de jogos Carlos Cachoeira, preso na Operação Monte Carlo, no mês passado.

    Se o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pedir abertura de inquérito para investigar o senador, a cúpula do DEM analisará o que fazer --entre as hipóteses está até a saída dele da sigla.

    O partido ontem cobrou definição de Roberto Gurgel. A Operação Monte Carlo desmontou uma quadrilha que explorava máquinas caça-níqueis. Demóstenes aparece em 300 conversas telefônicas com Cachoeira, cuja prisão foi mantida ontem pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

    "Esta semana tem de ter definições. Impõem-se essa necessidade. A Procuradoria-Geral da República, neste momento, é a instituição chave para o esclarecimento dos fatos. É a figura mais importante. Ela tem as informações que precisam ser colocadas a público", disse o presidente do DEM, senador José Agripino (RN).

    Reservadamente, outros integrantes do partido já cogitam expulsar Demóstenes caso Gurgel decida pedir abertura de inquérito, o que também pode acelerar um eventual processo contra o senador no Conselho de Ética do Senado por quebra de decoro parlamentar.

    Agripino admitiu que a abertura de inquérito complica a situação de Demóstenes, mas acha cedo falar em expulsão. "Se o procurador pedir a abertura de inquérito é ruim, porque é aberto por conta de elementos que estão lá, mas é preciso dar direito de defesa ao Demóstenes."

    Ontem, os senadores Pedro Taques (PDT-MT), Ana Amélia Lemos (PP-RS) e Jorge Viana (PT-AC), que antes defendiam Demóstenes, pediram que ele faça um novo pronunciamento sobre sua versão dos fatos. Os três mudaram o tom após o surgimento de novas suspeitas contra o senador --incluindo a de que ele teria pedido dinheiro a Cachoeira.

    "O caso é grave. Esta Casa não terá moral para convidar, intimar qualquer cidadão a depor em suas comissões se nós não ouvirmos os esclarecimentos do senador Demóstenes", afirmou Taques.

    Outro senador, Álvaro Dias (PSDB-PR), disse que a citação sobre Demóstenes "cria um grande constrangimento" e "cala um pouco uma das vozes mais fortes e autorizadas da oposição".

    Demóstenes nega irregularidades nas relações com Cachoeira --que, por sua vez, se diz inocente.

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