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    Goleiro Bruno tem pena reduzida de 22 para 20 anos

    Desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais reduziram a pena do goleiro Bruno Fernandes em 18 meses e agora ele está condenado a 20 anos e 9 meses de prisão; o ex-goleiro do Flamengo havia sido condenado em 2013 a 22 anos e três meses de prisão pela morte e pela ocultação de cadáver de Eliza Samudio, além do sequestro do seu filho com a vítima, crimes cometidos em 2010

    Brasil, Belo Horizonte, MG. 20/10/2010. O goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza (c) é conduzido por policiais para audiência realizada no II Tribunal do Júri, em Belo Horizonte (MG). Começou na tarde de 20 de outubro de 2010 o depoimento de 22 testem (Foto: Charles Nisz)

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    Minas 247 - Desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais reduziram a pena do goleiro Bruno Fernandes, condenado pela morte de Eliza Samudio, em 18 meses. A pena agora é de 20 anos e nove meses de reclusão. Na sessão desta quarta-feira (27), foi retomado o julgamento iniciado em 13 de setembro, sobre recursos de dois processos.

    O primeiro era sobre a validade da certidão de óbito de Eliza Samudio, emitida no dia 24 de janeiro de 2013 pelo Cartório de Registro Civil de Vespasiano e autorizada pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do Tribunal do Júri de Contagem. O recurso foi negado por dois votos a um.

    Os recursos do outro processo questionavam a sentença do julgamento do goleiro e de Fernanda Gomes de Castro. Na análise do mérito, eles foram parcialmente aceitos, alterando o tempo de condenação dos dois apelantes. A pena de Fernanda de Castro passou para três anos e será substituída por duas "restritivas de direito". Já Bruno teve a pena por ocultação de cadáver extinta, uma vez que o crime prescreveu.

    Bruno Fernandes havia sido condenado a 22 anos e três meses de prisão pela morte e pela ocultação de cadáver de Eliza Samudio, além do sequestro do seu filho com a vítima. Já Fernanda de Castro, namorada do goleiro à época dos crimes, havia sido condenada a cinco anos, em regime aberto, pelo sequestro e cárcere privado da criança e de Eliza.

    Detido no Presídio de Varginha, no Sul de Minas, Bruno recebeu autorização da Justiça para trabalhar no Núcleo de Capacitação para a Paz (Nucap) e dar aulas de futebol para crianças e adolescentes assistidos pela entidade de segunda a sexta-feira.

    A defesa do goleiro buscava a redução da pena, considerada pelo advogado Fábio Gama "elevadíssima". Após o resultado, o advogado Fábio Gama disse que vai entrar com embargos infringentes no TJMG, pedindo que a quarta turma de segunda instância anule a certidão de óbito. Gama também disse que espera conseguir, ainda neste ano, a progressão de regime para o semiaberto para o goleiro.

    O procurador Rogério Filippetto disse que vai esperar a publicação do acórdão com a decisão dos desembargadores para que o Ministério Público de Minas Gerais decida se vai ou não recorrer a instâncias superiores.

    Eliza desapareceu em 2010 e seu corpo nunca foi encontrado. Ela tinha 25 anos e era mãe do filho recém-nascido do goleiro Bruno, de quem foi amante. Na época, o jogador era titular do Flamengo e não reconhecia a paternidade. Em março de 2013, Bruno foi considerado culpado pelo homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado da jovem. Ele foi sentenciado a 22 anos e três meses de prisão pela morte e ocultação do cadáver de Eliza, além do sequestro do filho da jovem.

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