Grupo político será acusado de improbidade
Oito vereadores, um ex-secretário de Saúde e o prefeito afastado, todos do município de Joaquim Gomes, serão denunciados pelo promotor de Justiça Carlos Davi Lopes Correia por improbidade administrativa; os vereadores ainda estão presos e não aceitaram o benefício da delação premiada; eles são acusados de receber dinheiro público para integrar a base aliada do prefeito afastado Antônio de Araújo Barros (PSDB)
Alagoas247 - O promotor de Justiça Carlos Davi Lopes Correia informou que vai ingressar com uma ação de improbidade administrativa contra os oito vereadores de Joaquim Gomes, além do ex-secretário do município e do prefeito afastado. No momento, a promotoria aguarda a degravação, a escrita do vídeo que flagra os parlamentares recebendo dinheiro em troca de apoio político.
De acordo com o promotor, nenhum dos vereadores presos aceitou a delação premiada, com o intuito de colaborar com as investigações. Eles negam o fato e permanecem presos. "Com o intuito de não atrapalhar o processo, que só está começando, a prisão se mantém. Enquanto isso, aguardamos a degravação do vídeo para o embasamento das investigações; porém, confirma-se a participação dos vereadores, do ex-secretário e do prefeito afastado no esquema de propina", explicou Carlos Davi.
Independentemente do recebimento da degravação por parte do Instituto de Perícia Técnica, o promotor garantiu que vai ingressar com uma ação por improbidade administrativa em desfavor dos acusados, junto à Comarca de Joaquim Gomes, até o próximo dia 22.
"O prefeito também se inclui no rol do processo, porque o foro privilegiado não se aplica à ação civil, somente à criminal. Portanto, no caso da prisão, cabe ao procurador geral solicitá-la junto ao Tribunal de Justiça [TJ]", reforçou o promotor.
Esquema
Uma operação realizada pelo Ministério Público Estadual (MPE) e as Polícias Civil e Militar de Alagoas, no último dia 8, resultou na prisão de oito - de um total de 11 - vereadores da Câmara Municipal de Joaquim Gomes, na Zona da Mata alagoana.
Os parlamentares são acusados de receber dinheiro público para integrar a base aliada do prefeito afastado Antônio de Araújo Barros (PSDB), conhecido como "Toinho Batista", e de não fiscalizar as supostas irregularidades praticadas pelas secretarias. Além dos vereadores, o ex-secretário de Saúde do município, Ledson da Silva, também foi detido.
Foram presos os vereadores Edivan Antônio da Silva, Antônio Gonzaga Filho, Edvaldo Alexandre da Silva Leite, Cícero Almeida Lira, Adriano Barros da Silva, Antônio Márcio Jerônimo da Silva, Antônio Emanoel de Albuquerque Moraes e Teresa Cristina de Almeida.
De acordo com o coordenador do Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc), Alfredo Gaspar de Mendonça, as investigações tiveram início depois que vídeos chegaram até o Ministério Público, no qual os vereadores apareciam
Com gazetaweb.com
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