Intercâmbio sem fronteiras, dos 5 aos 50 e além
No mais preciso ser adolescente para aprender uma lngua no exterior e intercalar as aulas com belos passeios e roteiros culturais
Luciane Macedo _247 - Aprender uma língua estrangeira, estabelecer um primeiro contato ou mesmo um flerte sem compromisso sempre foi mais gostoso em viagem do que em sala de aula. No entanto, grande parte das pessoas faz o caminho inverso porque ele parece mais lógico, ou seja, primeiro passa uns bons meses em uma escola de idiomas para só depois se aventurar em viagem para testar seus conhecimentos.
E por que não fazer as duas coisas ao mesmo tempo? Até pouco tempo atrás, intercâmbio era coisa de adolescente ou, no máximo, para jovens na faixa dos 25 anos. Intercâmbio depois dos 30? Nem pensar! Pois esta era dos intercâmbios com fronteiras etárias é coisa do passado. Hoje, este é um mercado que atende dos 5 aos 50 e além. Mais que isso, empresas tradicionais neste segmento, como a Central de Intercâmbio (CI), oferecem pacotes de viagem com aprendizado e lazer especialmente direcionados para cada tipo de público e suas especificidades.
Um dos destaques mais saborosos dentro desta proposta de atender a todas as faixas de idade é o programa 50+ da CI, para pessoas com mais de 50 anos. O primeiro grupo parte em viagem em setembro para a Itália. Entre lições de italiano, eles passarão 12 dias se divertindo e praticando o idioma em passeios e atividades pela Toscana. Seus companheiros de sala serão da mesma faixa etária, vindos de todas as partes do mundo, e as classes são divididas de acordo com o nível de cada um no idioma. E ninguém precisa se preocupar com rotinas ou obrigações escolares típicas como lição de casa, pois elas não se aplicam ao grupo.
"O 50+ é um programa com aulas mais light, ninguém vai adquirir fluência, e nem eles querem", conta Gabriel Canellas, gerente de produto educacional da CI. "O que eles querem é o suficiente para poder se virar, para ter a experiência do idioma junto com a cultura do país", assinala. "É um programa que combina aprendizado com atividades e excursões especiais para esta faixa etária, é muito mais cultural".
As datas do intercâmbio 50+ também foram pensadas especialmente para o grupo. "Não é um período de alta temporada, e o clima não está nem muito quente e nem muito frio", observa Canellas. "Também escolhemos hotel com elevador, o que não é muito comum na Europa, e ele fica a cinco minutos a pé da escola".
Os passeios, assim como as aulas, são diários (veja o roteiro abaixo). Durante a semana, os intercambistas frequentam as aulas pela manhã, e as tardes são reservadas para curtir a Toscana, com direito a degustação de vinhos e uma pausa para aprender a cozinhar (e provar) delícias típicas da região. O fim de semana é reservado para ir mais longe, com excursões que duram o dia todo, sem esquecer uma parada (opcional) para fazer compras.
"Este mercado 50+ sempre existiu, sempre houve procura", comenta o gerente da CI. "Mas era muito carente de produtos que atendessem às especificidades de viagem e exigências deste grupo", salienta. "Por isso, abrimos um departamento especializado em organizar intercâmbios para eles".
O intercâmbio 50+ também contempla viagens para a Argentina, Espanha, França, Inglaterra e Malta. E a CI organiza os mesmos roteiros para pessoas nas faixas dos 30 e 40 anos, é só escolher o destino e o idioma desejado.
"Intercâmbio deixou se der uma coisa só para adolescentes", assegura Canellas. "Hoje, tem intercâmbio até para crianças de 4 e 5 anos", ressalta. "Enquanto os pais passeiam e fazem compras, não precisam se preocupar com os filhos pequenos, que passam parte do dia em escolinhas, convivendo com crianças da mesma idade e interagindo com brincadeiras e atividades na língua nativa do país de destino".
Viajar em grupo também é totalmente opcional, e não é necessário esperar até que haja abertura de turmas no exterior. "Só trabalhamos com escolas que sempre têm turmas abertas e honram o calendário, independentemente da quantidade de estudantes", diz Canellas. "Mesmo que só tenha uma pessoa no grupo brasileiro, ela vai viajar".
Segundo o gerente da CI, o intercâmbio também ficou bem mais acessível ao bolso do que era no passado, quando este tipo de viagem tinha nas classes A e B seu público mais assíduo. "Tem muita gente da classe C viajando graças às formas de pagamento", diz Canellas. "E se você colocar na balança quanto se gasta em um mês na Disney, gasta-se mais que em um intercâmbio com todos os passeios, e você ainda faz uma inserção cultural enquanto aprende um idioma".
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