Maria do Rosário desmente comentário sobre morte de médico
Deputada afirma em nota que atribuem a ela uma "falsa declaração em defesa de criminosos que tiraram a vida do médico carioca Jaime Gold", enquanto andava de bicicleta na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio; de acordo com a petista, trata-se de "mais um boato perverso"; frase que circula nas redes sociais como sendo de Maria do Rosário (PT-RS) diz que o assassino é apenas "mais uma vítima dessa sociedade opressora a qual o maior exemplo são os médicos"
247 - A deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) negou, em nota, ter feito declaração sobre a morte do médico Jaime Gold, morto esfaqueado na Lago Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, no último dia 20. Segundo ela, trata-se de uma "falsa declaração em defesa de criminosos" e "mais um boato perverso". A frase que circula nas redes sociais como sendo da deputada diz que o assassino é apenas "mais uma vítima dessa sociedade opressora a qual o maior exemplo são os médicos".
Maria do Rosário afirma já ter entrado em contato com o Dr. Pablo Vazquez, Presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro, "para desmentir os boatos e reafirmar minha solidariedade com a classe. Estou à disposição para estreitar o diálogo com a instituição", manifesta seu "veemente repúdio à prática da mentira como arma política e de desconstituição das pessoas" e reitera sua "solidariedade com a família do Doutor Jaime Gold e com todas as vítimas de violência deste país".
Leia abaixo o comunicado desmentindo o boato e a nota enviada e a carta ao presidente do CRM-RJ:
NOTA PÚBLICA DE ESCLARECIMENTO
1. Circula nas redes sociais mais um boato perverso contra o nosso trabalho. Imputam a minha pessoa falsa declaração em defesa de criminosos que tiraram a vida do médico carioca Jaime Gold, ocorrido na última quarta-feira, 20 de maio. Na mesma peça, uma montagem grosseira e inverídica, aludem que "os médicos" seriam os maiores exemplos da "sociedade opressora".
2. Manifesto meu veemente repúdio à prática da mentira como arma política e de desconstituição das pessoas. Infelizmente, são inúmeras as vítimas que cotidianamente sofrem com a exposição de boatos, imagens privadas e injúrias de toda a sorte. Isto tem que acabar, e cada um de nós deve denunciar com veemência.
3. Já entrei em contato com o Dr. Pablo Vazquez, Presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro para desmentir os boatos e reafirmar minha solidariedade com a classe. Estou à disposição para estreitar o diálogo com a instituição.
4. É passada a hora de enfrentarmos o absurdo numero de mortes violentas no Brasil. Trabalhamos no sentido de construir o conceito de que todas as vítimas da violência, independente de sua condição social, merecem nosso respeito. Mas não há como desconhecer o especial impacto que a morte cruel de quem dedicava sua vida à salvar vidas, produz em cada pessoa.
5. Reitero minha solidariedade com a família do Doutor Jaime Gold e com todas as vítimas de violência deste país.
Maria do Rosário Nunes
Deputada Federal (PT-RS)
CARTA AO PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO RJ
Caro Senhor Pablo Vazquez, Presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro
É com profundo pesar que me comunico ao senhor em um momento tão lamentável como este que resultou na morte de seu colega, o médico Jaime Gold. O faço para, em primeiro lugar, manifestar minhas condolências e solidariedade à família e a toda classe médica do Rio de Janeiro. Nenhuma vida deveria ser interrompida de forma tão brutal.
Quero lhe registrar, também, que trabalho cotidianamente para evitar a banalização da violência e na construção de uma cultura de paz junto à sociedade. Sou uma defensora dos direitos universais da humanidade como um marco civilizatório dos mais importantes que a sociedade já construiu e pago caro por isso.
Deploravelmente, neste momento doloroso, há uma instrumentalização em curso para utilizar politicamente a morte do Doutor Jaime Gold. Através de um boato falso, nas redes sociais, imputam a mim uma declaração contra a classe médica que jamais fiz e que discordo frontalmente. Lamento que isso esteja ocorrendo e, especialmente, que esteja envolvendo a categoria que o senhor tão bem representa.
É passada a hora de enfrentarmos o absurdo numero de mortes violentas no Brasil. Trabalho no sentido de construir o conceito de que todas as vítimas da violência, independente de sua condição social, merecem nosso respeito. Mas não há como desconhecer o especial impacto que a morte cruel de quem dedicava sua vida à salvar vidas, produz em cada pessoa.
Despeço-me reafirmando minha irrestrita solidariedade. Estou à sua disposição para estreitarmos o diálogo e afirmação de causas que transforme nosso país em uma Nação com mais justiça, paz e liberdade.
Atenciosamente,
Maria do Rosário
Deputada Federal
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