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MPF inicia investigação sobre conduta do Conselho Federal de Medicina ao questionar vacinação infantil contra a Covid

Ministério Público Federal em São Paulo apura possível viés em pesquisa do CFM sobre direito dos pais em não vacinar crianças; deputada do PSol denuncia caráter político da ação

Fachada do Conselho Federal de Medicina (Foto: CFM)

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247 - O Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo iniciou uma investigação preliminar contra o Conselho Federal de Medicina (CFM) por lançar uma pesquisa que questiona a vacinação infantil contra a Covid, levantando a possibilidade de os pais decidirem não imunizar seus filhos. A apuração foi aberta em resposta a preocupações sobre a conduta da entidade, destaca o Metrópoles.

A pesquisa realizada pelo CFM indagou aos médicos brasileiros se os pais de crianças com até cinco anos têm o direito de optar por não vaciná-las contra a doença. A investigação, nesse estágio inicial, permite que procuradores solicitem informações aos envolvidos e requisitem dados a órgãos públicos para esclarecer o caso. Caso prossiga, o processo se transformará em um inquérito.

No início deste mês, o CFM provocou questionamentos, indagando se os pais têm o direito de escolher não imunizar suas crianças e se a vacinação contra a Covid-19 é obrigatória para crianças entre 6 meses e 4 anos e 11 meses. Esse grupo etário é alvo de recomendação de vacinação pelo governo federal, com o esquema de imunização composto por três doses.

O MPF tomou a iniciativa após um pedido da deputada Luciene Cavalcante (Psol-SP). A parlamentar acusou a pesquisa do CFM de possuir um caráter político e pessoal, buscando confrontar opiniões pessoais da classe médica com estudos científicos que comprovam a necessidade da obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 para crianças entre 6 meses e 5 anos.

Cavalcante destacou também a postura negacionista do CFM durante a pandemia, ressaltando que o presidente da entidade foi um "árduo defensor" dos ataques do ex-presidente Jair Bolsonaro à vacinação contra a doença que já vitimou 700 mil brasileiros desde 2020. A investigação visa esclarecer se a pesquisa do CFM é de fato baseada em critérios científicos ou se reflete uma posição política da entidade.

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