Municípios vão ter coleta seletiva de lixo
Quatorze municípios alagoanos aderiram a um plano de coleta seletiva de resíduos sólidos; mas, o prazo de implantação não foi apresentado; o Estado irá fornecer um grupo para capacitação nas cidades
Alagoas247 - Quatorze municípios da região Sul de Alagoas assinaram, na manhã desta segunda-feira (30), adesão a um plano de coleta seletiva de resíduos sólidos. Quando a nova metodologia de recolhimento de lixo for implantada, mais de 500 mil habitantes dessa área do estado terão que mudar totalmente os hábitos. Ainda não há prazo definido para que a estratégia seja implantada efetivamente. Nos próximos meses, as cidades serão visitadas para iniciar o trabalho de educativo com a população.
A assinatura do plano aconteceu durante reunião com prefeitos e representantes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), ocorrida na sede da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), que tinha como objetivo discutir a implantação da coletiva seletiva de lixo nos municípios de Alagoas e a apresentação de um website especialmente desenvolvido para política de resíduos sólidos.
O plano de coleta seletiva abrange os municípios de Jequiá da Praia, Piaçabuçu, Feliz Deserto, Penedo, Porto Real do Colégio, São Brás, Igreja Nova, Boca da Mata, Campo Alegre, Teotônio Vilela, Junqueiro, São Miguel dos Campos, Coruripe e São Sebastião. Nesta manhã, foram aprovados os primeiros passos de implantação, que é a inserção da disciplina de educação ambiental nas escolas, além da produção de peças publicitárias para divulgação, visando a conscientização dos habitantes dessas localidades.
Mesmo que ainda não tenha uma previsão para implantar o novo método, as visitas às cidades começam no final de abril e os consórcios de resíduos sólidos querem trabalhar para que a coleta tenha inicio no segundo semestre deste ano.
Seletiva
O objetivo do programa de coleta seletiva, segundo a diretora de planejamento da secretaria, Elaine Melo, é a educação ambiental com a separação correta do lixo seco e molhado, bem como a diminuição dos impactos causados pelos lixões municipais e, consequentemente, a criação de aterros sanitários, que é o maior propósito da discussão atualmente.
No momento, 90 municípios estão juntos em sete consórcios públicos, voltados à criação de aterros sanitários. "A educação começa com o morador, que vai separar em casa o próprio lixo. O resíduo orgânico será recolhido para os lixões e, o lixo reciclável, para as cooperativas de reciclagem ou lançadas em ambientes específicos. Queremos diminuir os transtornos ambientais e conseguir criar, através de parcerias publicas e privadas, aterros sanitários em todos os municípios alagoanos”, analisa.
Já o website tem a função de orientar a população para a separação dos resíduos e também a destinação voluntária do material, fornecendo pontos de apoio para receber o lixo. "É um instrumento de acompanhamento pela sociedade. Será de grande utilidade para que todos saibam do funcionamento de todo esse processo de recolhimento, desde sua residência até o destino final", reforçou a diretora de planejamento.
Ainda segundo ela, o estado fornecerá um grupo para capacitação nas cidades. Segundo o secretário de Estado do Meio Ambiente, Alexandre Ayres, é impossível a criação de um aterro sem uma educação ambiental por parte da sociedade. "Sempre vi de perto o sofrimento das prefeituras e todos nos sabemos que os municípios não têm condições de gerir com um aterro sanitário, por isso, estamos dando apoio aos prefeitos. Em três meses, conseguimos lançar o programa de coleta e o site, que só o estado de Minas Gerais possui. Nesta semana, a política estadual de resíduos sólidos deverá ser sancionada por Renan Filho, já que foi aprovada pela Assembleia Legislativa”, destaca.
Com gazetaweb.com
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