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PGR defende fim da "legítima defesa da honra" em casos de feminicídio

Em documento enviado ao STF, PGR aponta inconstitucionalidade no argumento, usado até hoje para justificar o assassinato de mulheres

Augusto Aras (Foto: Midia NINJA)

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247 - A Procuradoria Geral da República (PGR) está empenhada em acabar com a alegação de "legítima defesa da honra" nos casos de feminicídio. O procurador-geral Augusto Aras fez uma manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) argumentando a inconstitucionalidade dessa prática. As informações são do Metrópoles.

Aras ressalta que ainda existem decisões a favor dos réus com base na chamada "defesa da honra", sobretudo em casos envolvendo adultério. O procurador-geral afirma que essa prática "contradiz os direitos fundamentais à vida, igualdade, à não distinção e dignidade".

Na manifestação enviada ao STF, Aras solicita a observação do uso da expressão desde a fase de investigação até o julgamento. O documento enfatiza que nenhuma tentativa de justificação ou assassinato de mulheres será tolerada, pois isso beneficiaria os agressores e violaria princípios constitucionais de máxima importância.

“Nenhuma tentativa de justificar o assassinato de mulheres, com benefício a seus algozes, haverá de ser tolerada, sob pena de afronta imediata a preceitos constitucionais da máxima relevância”, diz trecho da manifestação enviada ao STF.

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