PSB busca aproximação direta com bancada do PTB
O líder do partido na Câmara, Beto Albuquerque (RS), disse acreditar que, apesar das declarações do presidente licenciado do PTB, Roberto Jefferson, de que a legenda tenderá apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff, parte da bancada deverá apoiar uma possível chapa majoritária encabeçada pelo PSB; a legenda socialista vai intensificar o contato direto com os parlamentares trabalhistas a partir da próxima semana, quando o Congresso retoma plenamente suas atividades
Paulo Emílio _PE247 - O líder do PSB na Câmara dos Deputados e um dos principais articuladores do projeto presidencial do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, à presidência da República, Beto Albuquerque (RS), disse acreditar que, apesar das declarações do presidente licenciado do PTB, Roberto Jefferson, de que a legenda tenderá apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), parte da bancada deverá apoiar uma possível chapa majoritária encabeçada pelo PSB.
“Quem estava agarrado na taça gritando já ganhou acabou se esparramando. Aliás, nem se sabe mais onde anda esta taça. O que temos feito é conversar bastante e acreditamos que temos tido sucesso neste ponto. Tanto que neste ponto muitos parlamentares já demonstram simpatia em marcha conosco em 2014. Essas tratativas junto às bancadas parlamentares, e não apenas do PTB, vão se intensificar com a volta dos trabalhos do Congresso”, afirma Albuquerque. Ele também reafirmou que o PSB poderá rediscutir os palanques estaduais e até mesmo discutir a vice junto com o PDT, em troca de um apoio amplo a uma candidatura presidencial encabeçada pela legenda socialista.
“Agosto e setembro serão meses curtos, mas bastante intensos. Vai haver muita movimentação política. Todo o processo praticamente zerou em função destas últimas semanas”, avaliou o pessebista. Diante das novas movimentações, Albuquerque reiterou o desejo do PSB em se aproximar cada vez mais do PDT.
Segundo ele, apesar de não haver nada de concreto, o PSB está disposto a negociar a vice e a rediscutir a formação de palanques estaduais em estados importantes como o Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Mato Grosso. “Tudo depende de acordo. Acordo é acordo. Em troca também queremos apoio concreto para os nossos palanques, seja nacional ou em outros estados. Estamos abertos à discussão”, afirmou.
O pessebista também observou que as recentes denúncias de irregularidades em contratos firmados entre governos estaduais administrados pela legenda com a empresa Ideia Digital, não afetam os planos do partido. “Estas denúncias não alcançam diretamente, não afetam em nada, o governo do Eduardo Campos em Pernambuco. Quanto ao Ricardo Coutinho (governador da Paraíba e afetado diretamente pelas denúncias veiculadas a cerca de duas semanas pelo jornal Folha de São Paulo ) temos total confiança nele. Não é de hoje que ele enfrenta força políticas muito fortes e esta é apenas mais uma jogada neste sentido”, disse.
Albuquerque não quis comentar quais seriam as forças políticas que estariam por trás do vazamento das denúncias. Sobre isso, ele limitou-se a dizer apenas que “não fomos nós que falamos que na hora das eleições pode-se fazer o diabo”, observou. A referência vem na esteira de uma frase utilizada pela presidente Dilma Rousseff, em março deste ano, durante a solenidade de entrega de casas populares em João Pessoa (PB). Na ocasião, a petista declarou que ““podemos fazer o diabo na hora da eleição”. Porém, momentos depois, ela observou que “no exercício do mandato, temos que nos respeitar, pois fomos eleitos pelo voto direto.”
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