PSB paulista reforça candidatura de Campos
Apesar da discrição adotada nos últimos dias pelo governador de Pernambuco, os lances continuam nos bastidores; a mais recente movimentação virá no final desta semana, quando o PSB-SP deverá oficializar o apoio à candidatura de Eduardo Campos à presidência e cobrar a entrega de cargos que ocupa no governo federal; com a tendência natural de que os demais diretórios estaduais sigam o mesmo caminho, a ideia é reforçar que a candidatura é uma opção do partido e não uma posição pessoal
PE247 - Apesar da discrição adotada pelo governador de Pernambuco e potencial candidato à Presidência da República pelo PSB em 2014, Eduardo Campos, os lances continuam nos bastidores. A mais recente movimentação deverá vir no final desta semana, através do PSB paulista. Um evento previsto para esta sexta-feira (9), na sede do partido em São Paulo, servirá para reforçar o pensamento dos integrantes da legenda em torno da disputa presidencial e para apresentar um posicionamento oficial da ala paulista cobrando que a sigla entregue imediatamente os cargos que ocupa no Governo Federal. Com a tendência natural de que os demais diretórios estaduais sigam o mesmo caminho, a ideia é reforçar que a candidatura do governador de Pernambuco é uma opção do partido e não uma posição pessoal de Campos.
“Minha opinião é de que devemos deixar os cargos (federais) um ano antes da eleição. Se vamos mesmo disputar, não há razão para ter cargos”, disse o presidente do PSB de São Paulo, Márcio França, em entrevista ao Jornal do Commercio. São Paulo deverá ser um ponto emblemático para o PSB. O partido apoiou a eleição do petista Fernando Haddad nas últimas eleições municipais e mantém uma ligação bastante próxima com o PSDB do governador Gerald Alckmin.
Segundo França, a candidatura presidencial de Eduardo Campos conta com o apoio maciço dos filiados estaduais. A formalização desta mobilização em torno da candidatura própria, deverá acontecer em um ato que contará com a participação de toda a direção da legenda, sendo que a exceção deverá ficar por conta do próprio Campo, que não quer ser acusado de antecipar o debate eleitoral.
Segundo o Jornal do Commercio, a consulta para verificar a temperatura interna do partido teve como um dos objetivos frear as resistências internas e colocar um freio nas vozes contrárias a uma candidatura própria por parte do PSB que preferem que a legenda permaneça na base governista, apoiando a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Estas pesquisas teriam sido feitas em diversos estados como o Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Distrito Federal.
Agora, com a pressão interna em prol de sua candidatura aumentando rapidamente, resta saber quão rápido será implementado o distanciamento que o PSB deverá fazer junto ao PT se quiser efetivamente levar a cabo os seus planos de concorrer ao Planalto nas próximas eleições.
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