'Salve Goiânia' faz coleta na Matriz de Campinas

Goiás247_ A Campanha: “Salve Goiânia” esteve na Matriz de Campinas com a coleta de assinaturas para apresentação de Projeto de Lei de Iniciativa Popular para pedir a anulação da Lei Complementar n° 246/13, que alterou o Plano Diretor de Goiânia. Fiéis e religiosos demonstraram apoio e preocupação com o tema, principalmente em relação às questões ambientais.

Padre Walmir Garcia, reitor do Santuário Matriz, assinou o projeto, e fez questão de ressaltar que se trata de uma iniciativa positiva e que às pessoas têm o direito de manifestar o que sentem; o que pensam e o que querem. “Precisamos lutar a favor de Goiânia e do nosso povo. E não de interesses econômicos e partidários”, pontua Garcia.

Edvaldo Cardoso Leite, aposentada, não concorda com a forma que a revisão do Plano Diretor foi aprovada e sancionada. “Deveriam ter feito estudos e pesquisas. Isso vai trazer problemas, principalmente ambientais, para nossa futura geração”.

Fernando Martins Vasconcelos pontua que a revisão não foi comunicada a população goianiense. “Nossos governantes só estão olhando para si mesmos. Não estão preocupados com os impactos ambientais. Todos precisam assinar”, afirma.

Edson Pereira da Silva participa toda terça-feira, da novena na Matriz. Ele lembra que a revisão do Plano Diretor coloca em risco a região Norte de Goiânia, e que o movimento trata-se de um compromisso cristão. “Não é possível que uma cidade sustentável se faça com a destruição das nascentes, matas e poluição dos rios”, concluí.

O “Salve Goiânia” estará, neste mês de junho, todas as terças-feiras na Matriz de Campinas coletando assinaturas. Para que a lei seja apresentada é preciso de pelo menos 45 mil assinaturas. A alteração do Plano Diretor de Goiânia foi aprovada na Câmara no dia 25 de abril em sessão marcada por protestos nas galerias. Foram 24 votos favoráveis e sete contra e uma abstenção. Posteriormente a lei foi sancionada pelo prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT).

Entre as principais mudanças estão às alterações no grau de incomodidade na região Norte de Goiânia, do mínimo para o máximo, o que legaliza a obra da Hypermarcas, e abre precedente para instalação de indústrias poluidoras na região que é considerada Área de Proteção Ambiental e garante o controle ecológico da cidade. Também foi permitido o adensamento dos principais trechos urbanos da Capital, como por exemplo, Avenidas 85, T-7, 7-9, T-63, Anel Viário, Perimetral Norte e perímetros urbanos, com a construção de prédios residenciais e comerciais sem limite de altura.