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    Sem-terra bloqueiam Porto de Maceió

    Com o objetivo de protestar contra o agronegócio e defender maior valorização da agricultura familiar, integrantes do Movimento Via do Trabalho (MVT) fecharam a entrada do Porto de Maceió, no bairro de Jaraguá; mobilização faz parte da semana nacional de luta em defesa da reforma agrária;  Gabinete Civil do Estado marcou uma audiência com os assentados segunda-feira (9) para tentar resolver a situação e atender reivindicações; segundo o MVT, 1200 pessoas estão acampadas na capital

    Sem-terra bloqueiam Porto de Maceió
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    Alagoas247 - Integrantes do Movimento Via do Trabalho (MVT) fecharam a entrada do Porto de Maceió, no bairro de Jaraguá, na manhã desta quinta-feira (5), com o objetivo de protestar contra o agronegócio e promover maior valorização da agricultura familiar. A mobilização faz parte da semana nacional de luta em defesa da reforma agrária e urbana. 

    De acordo com o coordenador estadual do MVT, Marcos Antônio da Silva, os atos públicos começaram em todo o país, no último dia 27, e, em Maceió, no dia 3 de março. No início da manhã de hoje, eles fizeram uma caminhada pela Praça Sinimbu e, depois, seguiram até o Porto.

    “Não temos previsão de sair daqui e vamos continuar bloqueando até a direção dar um posicionamento positivo a favor dos agricultores. Lutamos contra o agronegócio e queremos uma maior valorização da agricultura familiar. Além disso, protestamos contra o assassinato do filho de um sem terra que morreu em um canavial em São Luiz do Quitunde, no começo deste ano”, disse Marrom, como é conhecido o coordenador. 

    A reivindicação dos agricultores também inclui vistoria das terras do grupo João Lyra, reforma das casas onde moram as famílias assentadas e assistência técnica pelo Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Os trabalhadores alegam que o órgão precisa rever a política de assentamentos porque a entidade já recebe recurso do governo federal, mas, mesmo assim, cobra dos agricultores R$ 1500 para eles terem o direito de trabalhar e plantar nas terras. 

    “A gente tem a terra, mas produz muito pouco. Queremos que o governo estadual e federal abracem essa causa e dê apoio ao Movimento”, disse a agricultora Maria Nunes, presidente do assentamento Amor, em São Luiz do Quitunde. 

    O Gabinete Civil do Estado marcou uma audiência com os assentados, para tentar resolver a situação e atender as reivindicações. A reunião acontece na próxima segunda (9). Segundo o MVT, um total de 1200 pessoas vindas de diversas regiões do estado estão acampadas em Maceió.

    Com gazetaweb.com

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