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    Sindicato dos Rodoviários cancela assembleia

    Com pouco adesão, presidente Adair da Silva declarou encerrada a assembleia e informou que iria organizar uma “votação plebiscitária” nas empresas; patronal ofereceu 8% de reajuste – enquanto os trabalhadores pedem 11,5% – e um aumento de R$ 2 no vale-alimentação, que passaria para R$ R$ 21

    Com pouco adesão, presidente Adair da Silva declarou encerrada a assembleia e informou que iria organizar uma “votação plebiscitária” nas empresas; patronal ofereceu 8% de reajuste – enquanto os trabalhadores pedem 11,5% – e um aumento de R$ 2 no vale-alimentação, que passaria para R$ R$ 21 (Foto: Roberta Namour)
    Roberta Namour avatar
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    Samir Oliveira, Sul 21 - A assembleia dos rodoviários que ocorreu na noite desta terça-feira (20) acabou sendo cancelada pelo próprio sindicato da categoria, após ter sido colocada em votação a proposta enviada pelos empresários. A patronal ofereceu 8% de reajuste – enquanto os trabalhadores pedem 11,5% – e um aumento de R$ 2 no vale-alimentação, que passaria para R$ R$ 21.

    Quando o sindicato colocou a proposta em votação, apenas um pequeno grupo levantou as mãos em sinal de apoio. Em seguida, o presidente Adair da Silva declarou encerrada a assembleia e informou que iria organizar uma “votação plebiscitária” nas empresas.

    A medida irritou os rodoviários presentes nas arquibancadas do ginásio da Escola de Educação Física da Brigada Militar, que começaram a gritar: “Ão! Ão! Ão! O sindicato é do patrão!”. A oposição ao sindicato irá ao Ministério Público nesta quarta-feira (21) para ingressar com uma ação na Justiça contra a assembleia, já que entende que a proposta patronal foi derrotada.

    Para o presidente do sindicato, a proposta dos empresários é boa e deve ser aceita pela categoria. Ele recorda que a proposta inicial dos patrões era de apenas 5% de reajuste salarial. Um dos líderes da oposição, Alceu Weber considera a proposta “média” e frisa que ela é inferior aos 2,2% de ganho real conquistados no ano passado.

    Para Weber, a assembleia foi “patrolada” pelo sindicato. “É ridículo, a categoria está ensinando a diretoria sindical a conduzir uma assembleia, isso é inadmissível. Não cumpriram os quatro requisitos básicos: ouvir, deliberar, encaminhar e votar”, critica.

    O presidente do sindicato informa que o próximo passo será reunir a equipe jurídica para verificar como será organizada a consulta plebiscitária. A intenção do órgão é distribuir urnas pelas empresas, questionando os trabalhadores a respeito do apoio ou não à proposta patronal.

    Atualmente, o salário de um motorista é de R$ 2.008, 10. Os cobradores recebem R$ 1.206,15. O vale-alimentação é R$ 19. Os trabalhadores reivindicam o recebimento do ticket nas férias, mas os empresários concordaram em conceder somente 50%: para 30 dias de férias, 15 tickets seriam liberados.

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