A recessão da amizade no Programa Oásis da TV 247

Por Luis Pellegrini (247) - Hoje, nos Estados Unidos, mais de 20% dos homens, principalmente os mais jovens, declaram não ter nenhum amigo íntimo. Meios de comunicação importantes, como a CNN e a Vox, estão mapeando essa tendência preocupante. De acordo com dados da Gallup e do Survey Center on American Life, o percentual de homens que afirmam ter pelo menos seis amigos próximos foi reduzido pela metade entre 1990 e 2022.

Esse estranho fenômeno, que alguns chamam de "recessão da amizade", certamente não se restringe à população norte-americana: ele, provavelmente, tem alcance mundial. Esse declínio na amizade teria sido agravado pela mudança de hábitos e estilo de vida trazidos pela pandemia, sobretudo o incremento cada vez maior das relações via Internet e redes sociais. Mas há também várias outras causas que o impulsionam, dentre elas a falta de tempo e a fadiga, sobretudo nos grandes centros urbanos.

É óbvio que as amizades requerem tempo para serem cultivadas e também é importante a presença física das pessoas, o famoso “olho no olho”. No mundo atual, especialmente depois da mudança geral de hábitos provocada pela pandemia, os contatos humanos ficaram bem mais escassos e complicados. Mas a verdade, na maioria das opiniões de pesquisadores especializados, o principal fator do fenômeno é o uso abusivo das redes sociais. O celular se interpondo de modo avassalador e inexorável entre as pessoas, impondo-se como ponte de comunicação, em detrimento do contato humano direto e pessoal.

Essa interferência excessiva, no entanto, acarreta consequências nada animadoras em todas as áreas da pessoa humana: tanto na dimensão física quanto psíquica, mental e espiritual. 

A recessão da amizade no mundo contemporâneo é o tema do Programa Oásis, que a TV 247 leva ao ar às 21 horas de domingo, com os jornalistas Luis Pellegrini e Andrea Trus. Assista: