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Governo Lula enfrenta ameaça de greve ambiental na segunda-feira

Rejeição de proposta pelo governo leva servidores ambientais a votar indicativo de greve na segunda-feira (10)

Ibama faz operação na Amazônia (Foto: Divulgação (Ibama))

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247 - A tensão entre o governo federal e os servidores ambientais atingiu um novo patamar após a rejeição da última proposta de valorização da carreira. Em resposta, os trabalhadores do setor ambiental votam na próxima segunda-feira (10) um indicativo de greve geral, destaca o site O Eco.

O Ministério da Gestão e Inovação (MGI), responsável pelas negociações, recusou nesta sábado (8) a contraproposta da Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (ASCEMA Nacional). A associação, que representa os servidores ambientais, informou que o Conselho de Entidades votará o indicativo de greve em reunião marcada para as 19h da próxima segunda-feira.

Ainda de acordo com a reportagem, os servidores estão mobilizados desde o início de janeiro, quando começaram as paralisações de atividades externas. Na contraproposta enviada ao governo em 10 de maio, a ASCEMA cedeu em diversos pontos, aceitando a criação de uma nova tabela de remuneração com 20 níveis salariais, ajustando percentuais de gratificações por qualificação e adiando a discussão sobre a gratificação por atividade de risco.

Além disso, a proposta dos servidores incluía um salário inicial menor que o dos servidores da Agência Nacional de Águas, com previsão de equiparação no 14º nível salarial dos 20 propostos, e uma valorização nos últimos cinco níveis. Também foi aceito que o salário dos técnicos ambientais, cargo de nível médio, correspondesse a 70% dos vencimentos dos analistas ambientais, cargo de nível superior — embora a reivindicação inicial fosse de 85%.

Entretanto, os servidores mantiveram reivindicações fundamentais, como a inclusão da carreira ambiental na Lei de Indenização de Fronteira e a previsão de pagamento de adicionais de periculosidade e insalubridade na lei da carreira.

O MGI, entretanto, alegou “impossibilidade de atendimento” às demandas dos servidores. Segundo o ofício divulgado pelo perfil “O Fiscal do Ibama” na rede social X (antigo Twitter), a proposta do governo inclui uma tabela remuneratória inferior para novos servidores, resultando em uma redução salarial de 4 a 6% nos primeiros 15 anos, e a manutenção da atual desigualdade salarial de 43% entre cargos de nível médio e superior.

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