Até Míriam Leitão condenou Adriano Pires na Petrobrás, por sua ligação com o empresário Suarez
O conflito de interesses que impede a nomeação do lobista como presidente da Petrobrás é "claro", segundo a jornalista, que vê a empresa "acéfala e à deriva"
247 - A jornalista Míriam Leitão, em artigo no jornal O Globo nesta terça-feira (5), condenou a indicação do economista e lobista Adriano Pires à presidência da Petrobrás por Jair Bolsonaro (PL), dados os conflitos de interesses envolvidos.
A indicação de Pires, diz ela, "foi vista como fruto das articulações entre o presidente da Câmara, Arthur Lira, e do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira". Ela lembra que durante a tramitação da MP que permitiu a privatização da Eletrobras, Lira, Nogueira e Pires atuaram para aprovar os "jabutis" que encareceram o projeto.
Toda a manobra, relata a jornalista, foi para favorecer "os interesses do empresário Carlos Suarez, dono de distribuidoras a gás nesses estados que serão beneficiadas pelo projeto. Suarez é cliente de Adriano Pires na sua consultoria CBIE".
"A informação que circula no setor de óleo e gás é que seria difícil a Adriano Pires tanto fechar a sua consultoria, que havia sido assumida pelo filho, quanto fazer a lista dos clientes. Só da Abegas ele receberia, segundo essas fontes, mais do que o salário de presidente da Petrobras. A lista dos clientes e os valores mostram um conflito de interesses tão claro que chegou a surpreender quem acompanha o caso de perto", diz Míriam Leitão, que vê atualmente uma Petrobrás "acéfala e à deriva".
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