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Bolsonaro desonra a presidência e as instituições se apequenam, diz Miriam Leitão

É assim que morrem as democracias e nascem as tiranias, diz a jornalista que apoiou o golpe de estado contra a ex-presidente Dilma Rousseff e agora tenta resistir ao avanço do fascismo

(Foto: Reprodução | PR)

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247 – A jornalista Miriam Leitão, mais uma vez, tenta reagir ao avanço do fascismo na sociedade brasileira e aponta que as instituições talvez não sejam capazes de contê-lo. "Um presidente não é inimputável. Ele pode não responder pelos atos que cometeu antes de assumir. E essa prerrogativa existe para proteger a Presidência em si e não a pessoa que ocupa o cargo. Mas Bolsonaro entendeu que entre os seus poderes está o de dizer o que lhe vier à cabeça, agredindo qualquer brasileiro, grupo social ou instituição. Contra isso existem os freios e contrapesos, para que um Poder alerte o outro dos excessos cometidos. O problema no Brasil neste momento é que o presidente radicalizou, exibe uma agressividade descontrolada, e os outros poderes se encolheram diante desse extremismo", diz ela, em sua coluna, publicada no jornal O Globo.

"É assim que as democracias morrem. Elas vão sendo desmoralizadas aos poucos, as instituições vão se omitindo e se cansando das batalhas diárias, as pessoas vão se acostumando aos absurdos. O país passa a achar normal o que é na verdade inconcebível e acaba por aceitar o inaceitável, como um presidente que ofende o cargo que ocupa. E assim nascem as tiranias", afirma.

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