‘Campanha de Bolsonaro não consegue transformar fatos em votos', diz Thomas Traumann
"Sem um crescimento consistente nas pesquisas, Bolsonaro perde o engajamento de seus principais cabos eleitorais", diz o jornalista Thomas Traumann
247 - O jornalista Thomas Traumann destaca, no blog Pulso, que Jair Bolsonaro (PL) segue estacionado nas pesquisas de intenção de voto, apesar do Auxílio Brasil de R$ 600 repassado para mais 20 milhões de famílias cadastradas no programa social e do início da propaganda eleitoral no rádio e televisão.
“A expectativa da vitória é o principal motor de uma campanha presidencial e a campanha de Bolsonaro não consegue transformar fatos em votos. Em todas as simulações de segundo turno, Bolsonaro não apenas perde de Lula, ele cresce pouco. No Datafolha, num eventual segundo turno, Bolsonaro ganha seis pontos percentuais do primeiro para o segundo turno, enquanto Lula sobe nove pontos percentuais, num placar de 38% a 53% a favor do petista”, destaca o jornalista.
Ainda segundo ele, “este quadro se repete nas outras pesquisas. No Ipec, Bolsonaro vai de 32% no primeiro turno para 37% no segundo, enquanto Lula sai de 44% para 50%. Na Genial/Quaest, o presidente sai de 32% para 37% e Lula de 42% para 51%. Na XP/Ipespe, Bolsonaro sai de 35% para 38%, enquanto Lula vai de 43% para 53%”.
“Embora o governo tenha conduzido a economia para produzir bons resultados neste trimestre, com a queda da inflação e crescimento do PIB e do emprego, Bolsonaro produziu para si mais notícias ruins do que boas neste início de campanha”, observa.
“Sem um crescimento consistente nas pesquisas, Bolsonaro perde o engajamento de seus principais cabos eleitorais, os candidatos a governador, senador e deputados federais e estaduais. A maioria dos candidatos dos partidos da aliança PP, PL e Republicanos é bolsonarista até a página 4, o que significa que farão campanha a favor do presidente se acharem que têm chances de ganhar. Caso contrário, o abandonarão como fizeram em 2018 com Geraldo Alckmin, ironicamente naquela ocasião a favor de Bolsonaro. Sem a expectativa da vitória, Bolsonaro fica sob pressão e cada semana com menos tempo”, finaliza.
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